Petrobras avalia construção de planta petroquímica no antigo Comperj

A Petrobras estuda a possibilidade de construir uma planta petroquímica no Complexo de Energias Boaventura, antigo Comperj, inaugurado nesta sexta-feira.

A informação foi confirmada pelo diretor-executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, durante a cerimônia de inauguração.

“Estamos discutindo uma planta petroquímica no Gaslub… A orientação da nossa presidente (da Petrobras, Magda Chambriard) é agilizar os projetos para ter mais lucratividade e atender a função social da Petrobras”, afirmou França no evento.

Questionada sobre os planos, a Petrobras reforçou que a construção de uma planta petroquímica é uma possibilidade para o futuro, uma vez que o projeto não está incluído no atual plano de negócios da companhia.

Na cerimônia de inauguração, foram apresentados os ativos que compõem o gasoduto Rota 3, responsável pelo transporte de gás natural do pré-sal, além da maior unidade de processamento de gás do Brasil, localizada em Itaboraí (RJ).

O complexo começou a ser projetado em 2008 e enfrentou diversas paralisações, com foco inicial na produção petroquímica, que foi posteriormente alterado para a produção de combustíveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente e criticou as tentativas de privatização da Petrobras, declarando que “a operação Lava Jato não visava prender corruptos, mas sim desmoralizar a petroleira para vendê-la”.

Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou a paralisação das obras como “covarde e irresponsável”, argumentando que o Brasil teria ampliado sua produção de combustíveis e arrecadação se o projeto tivesse sido concluído antes.

A Petrobras estima que as operações comerciais do complexo comecem em outubro, com capacidade de escoar até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia e processar até 21 milhões de metros cúbicos por dia, o que deve reduzir a dependência de importação de gás.

No futuro, o complexo deverá produzir óleos lubrificantes, diesel e querosene de aviação, além de contar com duas termelétricas a gás.

A estatal prevê investimentos de 20 bilhões de reais no setor de refino no estado do Rio de Janeiro, dos quais 13 bilhões serão destinados ao Complexo de Energias Boaventura.

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