Jorge Guaranho, ex-policial penal e réu pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu, foi liberado da penitenciária na última sexta-feira, 13, para cumprir prisão domiciliar.
Arruda foi morto em julho de 2022 durante sua festa de aniversário. Guaranho estava detido desde agosto de 2022 no Complexo Médico Penal de Pinhais e agora aguarda julgamento em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica, com previsão de julgamento para fevereiro de 2025.
A decisão judicial, que transitou na quinta-feira, 12, concede a Guaranho o direito à prisão domiciliar, mesmo enfrentando acusações de homicídio duplamente qualificado.
As qualificações incluem motivação fútil e uso de meio que gerou perigo comum. O crime, ocorrido em um contexto de celebração, envolveu o confronto após Guaranho interromper a festa ao identificar sua temática política.
A liberação de Guaranho provocou reações fortes entre os próximos de Arruda. Pamela Silva, viúva da vítima, expressou sua frustração e medo à imprensa, citando uma “sensação de injustiça” com a decisão da Justiça do Paraná.
Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, também manifestou indignação, sublinhando a gravidade do ato e a necessidade de um julgamento rigoroso.
“A decisão judicial que concedeu prisão domiciliar ao assassino do companheiro Marcelo Arruda não apaga o crime hediondo que ele cometeu e pelo qual deve ser rapidamente julgado com rigor”, declarou a petista.
“Para quem não se lembra, Marcelo, dirigente petista em Foz do Iguaçu, foi assassinado por um bolsonarista diante da família e de amigos que festejavam seu aniversário. Crime de ódio, violência política”, completou.
O incidente, marcado pelo retorno armado de Guaranho à festa e subsequente troca de tiros, resultou na morte de Arruda e intensificou debates sobre violência política no país. Arruda deixou quatro filhos, um dos quais recém-nascido, e sua morte continua a gerar discussões significativas sobre segurança e justiça.
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