O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), indicou uma possível extensão de 45 dias no prazo para as negociações entre a Eletrobras e a União, conforme reportado pelo jornal O Globo.
Originalmente programado para encerrar em 21 de setembro, o prazo pode ser prorrogado, a pedido da Eletrobras, segundo o ministro. A Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF) está mediando as discussões, que foram estendidas anteriormente pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As negociações abrangem pontos cruciais como a participação da União nos conselhos de administração e fiscal da Eletrobras, além da antecipação de um pagamento de R$ 26 bilhões devido pela Eletrobras à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), e a transferência das ações da Eletrobras na Eletronuclear para a União. Esses pontos são observados atentamente pelo mercado devido às potenciais implicações para o setor elétrico.
A questão ganha complexidade com o histórico de privatização da Eletrobras durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e as ações subsequentes do governo atual, que busca aumentar sua influência na gestão da empresa. O governo, detendo mais de 40% do capital, mas com uma representação limitada no Conselho de Administração, argumenta que a desproporcionalidade na gestão precisa ser corrigida para melhorar a eficiência e a redução das tarifas energéticas.