Rússia turbina exportações de trigo para África e ameaça influência comercial dos EUA

Sergey Pivovarov/Sputnik

A região de Krasnodar, na Rússia, registrou um aumento de 14,4% nas exportações de trigo para 25 países africanos entre janeiro e setembro de 2024, alcançando um total de 14,8 milhões de toneladas, conforme divulgado pelo Centro de Garantia de Qualidade de Grãos na última quarta-feira.

O Egito liderou a lista dos maiores importadores africanos de trigo russo, com 6,8 milhões de toneladas, seguido por Argélia, Quênia, Líbia e Sudão, que importaram 1,3 milhão, 1,2 milhão, 1,0 milhão e 0,6 milhão de toneladas, respectivamente.

Além disso, foram reportados os primeiros embarques de trigo da colheita de 2024 para a República Democrática do Congo e Eritreia, com 17,2 mil toneladas e 31,5 mil toneladas, respectivamente.

O serviço de imprensa do Centro anunciou que, neste ano, os embarques foram retomados para Gâmbia, Djibuti e Etiópia. Todos os lotes de trigo exportados passam por rigorosas avaliações de qualidade e segurança em laboratórios, incluindo testes para elementos tóxicos como chumbo, cádmio, arsênio, mercúrio e micotoxinas.

O Centro de Garantia de Qualidade de Grãos, que possui 16 filiais e 18 laboratórios de testes em regiões produtoras de grãos na Rússia, emite certificados de segurança, qualidade e livre de organismos geneticamente modificados (OGM) para exportadores, garantindo o cumprimento dos requisitos exigidos pelos países importadores.

Durante uma exposição internacional sobre segurança alimentar, a ministra da Agricultura russa, Oksana Lut, declarou que as exportações de grãos devem superar US$ 55 bilhões até 2030 e que o setor agrícola planeja aumentar a produção em 25% nos próximos seis anos, conforme as metas estabelecidas pelo presidente Vladimir Putin.

Além disso, Putin solicitou ao setor agrícola em abril que elevasse as exportações em 50% até 2030, comparado aos US$ 37 bilhões registrados em 2021.

Em uma iniciativa humanitária, a Rússia entregou 200.000 toneladas de trigo gratuitamente a seis países africanos de baixa renda, conforme relatado pelo então Ministro da Agricultura, Dmitry Patrushev, em uma reunião com o presidente em fevereiro.

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