Segundo corte de juros do BCE em 2024 reflete queda da inflação e preocupações com desaceleração econômica na zona do euro
O Banco Central Europeu (BCE) reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para 3,5%, em resposta à queda da inflação na zona do euro e aos sinais de que a economia do bloco pode estagnar. A decisão, anunciada nesta quinta-feira (12), marca a segunda redução da taxa básica de depósito do BCE neste ano, ocorrendo no momento em que se espera que o Federal Reserve dos EUA também inicie a redução dos juros na próxima semana.
Segundo o Financial Times, os principais bancos centrais começaram a baixar as taxas como resposta aos sinais de que o maior surto de inflação em décadas está se dissipando. Alguns analistas acreditam que o BCE deve reduzir as taxas novamente em suas duas últimas reuniões deste ano.
A inflação na zona do euro desacelerou em agosto, atingindo a mínima de três anos de 2,2%, após ter sido de 2,6% em julho. A queda da produção industrial na Alemanha e na Itália levantou preocupações sobre a possibilidade de desaceleração econômica na zona do euro após um breve período de crescimento no início deste ano.
No entanto, alguns formuladores de políticas do BCE estão cautelosos em cortar as taxas de forma muito agressiva, já que o crescimento salarial acelerado pode manter a inflação acima da meta de 2% do banco. Mesmo assim, os aumentos salariais estão desacelerando. A estimativa de crescimento salarial negociado na zona do euro pelo BCE caiu de 4,7% no primeiro trimestre para 3,6% no segundo trimestre.