A atuação da rede social X, antiga Twitter, em relação à exploração sexual infantil e aliciamento de menores por meio da plataforma é tema de audiências na Justiça Federal da Austrália nesta semana.
O caso foi levado aos tribunais após fiscalização da Comissão de Segurança Eletrônica (eSafety), órgão responsável pela regulação do ambiente online no país.
Segundo investigação da eSafety, após a aquisição da plataforma por Elon Musk em outubro de 2022, a detecção de material de exploração sexual infantil na rede caiu de 90% para 75%.
Em setembro de 2023, a rede social X foi multada em US$ 610 mil por não responder adequadamente a notificações sobre suas políticas de combate ao abuso sexual infantil.
Durante audiência realizada nesta segunda-feira, 9, os advogados da X alegaram que a notificação da Comissão, enviada em fevereiro de 2023, foi direcionada ao antigo Twitter, que havia sido reestruturado como X em março do mesmo ano. Essa mudança na composição da empresa foi usada como justificativa para a falta de resposta.
Em resposta, Julie Inman Grant, chefe da eSafety, destacou a gravidade dos crimes envolvendo aliciamento e exploração sexual infantil, e a responsabilidade das empresas de tecnologia em enfrentar essas ameaças.
A Comissão enviou questionamentos a várias plataformas, incluindo Google, Tiktok e Meta, buscando informações sobre suas práticas de detecção e combate a esse tipo de conteúdo. X e Google, segundo Grant, não forneceram respostas adequadas.