Busca por registro de eleitores nos EUA cresce após apoio de Taylor Swift a Harris

Postagem no Instagram da estrela pop Taylor Swift endossando Kamala Harris. (Pedro Ugarte/AFP/Getty Images)

O apoio da estrela pop era esperado — mas o momento e as palavras foram particularmente úteis para a vice-presidente Kamala Harris.

Não havia muitos fatores que pudessem desviar a atenção do mundo político da performance impressionante da vice-presidente Kamala Harris contra Donald Trump no debate de terça-feira à noite. Mas, às 23h, Taylor Swift conseguiu.

Seu apoio ao candidato democrata não foi uma surpresa, pois ela já havia apoiado Joe Biden em 2020 e outros democratas no passado. Na verdade, era tão esperado que muitos ficaram surpresos quando os rumores sobre sua apresentação na convenção democrata não se concretizaram. Porém, “não surpreendente” não significa “sem impacto”. E, pelo menos em uma medida imediata, seu apoio teve efeito.

Como em ocasiões anteriores, o endosse de Swift foi cuidadoso. Em uma postagem no Instagram, ela incentivou seus 283 milhões de seguidores a analisarem os candidatos por conta própria. No entanto, ela também explicou suas razões para apoiar Harris, encerrando a mensagem com uma descrição divertida de si mesma como uma “senhora dos gatos sem filhos”.

Sua mensagem mais contundente foi uma que ela já havia compartilhado antes: a necessidade de seus seguidores se registrarem para votar. Dados do Google sugerem que essa chamada teve um efeito, correlacionando-se com um aumento nas buscas sobre como se registrar.

O maior pico de interesse ocorreu durante o debate, exatamente quando Trump estava sendo questionado sobre seu papel no tumulto do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. O interesse nas buscas diminuiu à medida que o debate chegava ao fim, mas voltou a subir assim que o apoio de Swift foi anunciado.

Como sabemos que isso está relacionado a Swift? Não podemos afirmar com certeza, mas o aumento coincidiu com um grande pico nas buscas sobre a própria artista. Os dados do Google também mostram que a principal busca relacionada foi “registro de eleitores de Taylor Swift”.

É importante notar que o gráfico apresentado não está em escala; ele simplesmente ilustra os picos de interesse em ambos os termos ao longo das três horas exibidas. Se comparássemos o interesse nas buscas por Swift e registro de eleitores, não haveria competição.

Em agosto, enquanto um grupo de fãs pró-Harris se preparava, analisamos como a megastar pop estava melhor posicionada para ter um impacto político agora do que em ciclos eleitorais anteriores. Por um lado, ela é muito mais famosa hoje. Além disso, sua base de fãs jovem envelheceu — muitas, se não a maioria, agora podem votar. E, como mencionamos, Swift é vista de forma mais positiva atualmente do que em 2018, quando apoiou um candidato democrata ao Senado, mesmo entre os republicanos.

Trump, que já estava tendo uma noite ruim quando o apoio de Swift chegou, está tentando lidar com a situação da melhor maneira possível. Na quarta-feira de manhã, ele ligou para o “Fox & Friends”, programa da Fox News no qual costumava ser colaborador semanal. Os apresentadores perguntaram a Trump sobre sua reação à atitude de Swift; ele, de forma um tanto aleatória, afirmou que preferia a esposa do quarterback do Kansas City Chiefs, Patrick Mahomes.

Ele também fez uma previsão: Swift “provavelmente pagaria um preço por isso no mercado”. É possível, claro. Também existe a possibilidade de que o endosse de Swift resulte em um preço a ser pago por Trump no dia da eleição.

Com informações do The Post

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