Discussões internas apontam para a possibilidade de um decreto voltado às queimadas, enquanto governo anuncia investimentos para dragagem dos rios no Amazonas
O governo federal está considerando a possibilidade de emitir um decreto relacionado ao combate aos incêndios na Amazônia, que vêm ganhando proporções alarmantes. Fontes do Palácio do Planalto indicaram que, embora ainda não esteja claro se o decreto será de estado de emergência emergência ou de outra natureza, o tema está em discussão dentro do governo. “Em avaliação a edição de um decreto”, afirmou uma fonte, que preferiu não se identificar. Apesar de não haver confirmação oficial sobre o teor exato da medida, a expectativa é de que algo possa ser anunciado ainda hoje, durante um evento em Manaus, onde o presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, estarão presentes.
No evento, está previsto o anúncio de investimentos significativos para a dragagem dos rios na região amazônica, uma medida necessária para garantir a navegação em áreas afetadas pela seca. A dragagem permitirá a circulação de embarcações de grande porte, essenciais para o transporte e abastecimento em áreas isoladas. A ministra Marina Silva já confirmou que a medida faz parte do pacote de ações emergenciais para enfrentar a crise hídrica na região.
Apesar do foco principal estar nas ações de dragagem, há uma crescente expectativa em torno de um possível decreto voltado ao manejo do fogo. Uma fonte consultada destacou que o governo está avaliando diferentes opções, e que “nada impede que haja esse [Decreto de estado de emergência] também”, ao se referir a um possível decreto sobre as queimadas. No entanto, ainda não está claro se tal medida será oficializada hoje, em meio aos anúncios em Manaus, ou se será algo posterior.
Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) também procuraram alguns ministros e assessores do Palácio do Planalto para questionar sobre a possibilidade de um decreto emergencial relacionado aos incêndios. A pressão dentro do partido reflete a preocupação com a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta mais robusta por parte do governo federal.
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