Em reunião com presidente da Petrobrás, FUP defende celeridade na contratação de sondas

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Petroleiros apresentaram pauta com demandas de investimentos a serem realizados pela empresa

Em reunião realizada na segunda-feira, 9, com a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, na sede da empresa no Rio, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindipetro Bahia apresentaram uma densa pauta com demandas de investimentos a serem implementados pela empresa.

O documento reforça a reestatização da Refinaria Landulpho Alves (Rlam, na Bahia) atual Refinaria de Mataripe, privatizada em 2022; a reabertura da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Bahia e Sergipe; a revitalização do Canteiro de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe (BA), para a construção de navios, sondas e plataformas; e a retomada de investimentos da Petrobrás Biocombustíveis (Pbio), em articulação com a agricultura familiar.

O documento lembra que a Petrobrás está em processo de licitação de 3 sondas de perfuração e de 21 sondas de produção terrestre (SPTs), sendo 9 novas e que a construção dessas sondas deverá gerar cerca de 1,7 mil empregos diretos e indiretos.

Os petroleiros defenderam celeridade na contratação desses equipamentos. E solicitaram investimentos em cursos de capacitação para o treinamento ainda em 2024 de plataformistas de SPTs, operador de sonda, mecânico, motorista de carreta, entre outros, para suprir a demanda requerida já ao final deste ano.

O documento pede também a criação de um grupo de trabalho para avaliar a Margem Leste brasileira e desenvolver estudos das bacias do Recôncavo e Tucano Sul, na Bahia, além das demais bacias terrestres do Brasil.

“As principais bacias sedimentares da Bahia (margem leste) são Jacuípe, Camamu e Jequitinhonha, este com grande potencial exploratório, ainda não testados em águas profundas”, observa o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Segundo Bacelar, a Petrobrás na Bahia opera 28 campos terrestres  que produzem cerca de 12 mil barris por dia óleo e 600 mil metros cúbicos diários de gás natural. Já o campo de Manati produzia 1,8 milhão de metros cúbicos/dia de gás natural e está fechado há meses.

“A Petrobrás anunciou que vai perfurar 90 poços em quatro anos, com investimentos de US$ 180 milhões. A previsão é de que a produção de petróleo em campos terrestres na Bahia atinja 33 mil barris por dia até 2030”, diz o dirigente da FUP. 

Em relação ao gás natural, o pleito dos petroleiros  é pela expansão da capacidade de processamento da unidade de processamento de Catu (BA); e a transferência do GNL do terminal instalado na Baía de Todos Santos para estoques em terra, e para promover a distribuição do insumo para o interior por caminhões.

Investimentos em energia renovável pela Petrobrás também estão na pauta, com a implantação de projetos de geração de energia solar fotovoltaica e eólica,  avançando para a biorrefinaria, com produção de combustíveis sintéticos, hidrogênio verde, amônia verde e metanol, em articulação com a agricultura familiar.

Acordo de conversão de multas

Durante o encontro, a Petrobrás e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues,  firmaram acordo de conversão de multas em torno de R$ 196 milhões a serem pagas ao longo de 3 anos.

Com isso, valores de multas ambientais devidos pela estatal ao estado baiano poderão ser aplicados em financiamento para ações sócio ambientais na região. A FUP teve atuação relevante ao fazer uma articulação para as negociações entre a Secretaria estadual de Meio Ambiente e a Petrobrás.

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