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Jovens chineses começam a trocar chá por café

No ano passado, a China ultrapassou os Estados Unidos como o país com mais cafeterias de marca no mundo, de acordo com um relatório do World Coffee Portal. O número de estabelecimentos na China cresceu 58% em 2023, chegando a quase 50 mil, em comparação com cerca de 40 mil nos EUA. O mercado chinês […]

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Li Yizhe recorreu ao café para obter mais energia e acompanhar o ritmo competitivo da cultura de trabalho da China.


No ano passado, a China ultrapassou os Estados Unidos como o país com mais cafeterias de marca no mundo, de acordo com um relatório do World Coffee Portal. O número de estabelecimentos na China cresceu 58% em 2023, chegando a quase 50 mil, em comparação com cerca de 40 mil nos EUA.

O mercado chinês de café costumava ser dominado por marcas estrangeiras como Starbucks, Tim Hortons do Canadá e Costa Coffee da Grã-Bretanha. Mas essas empresas enfrentam concorrência crescente de cadeias chinesas como Luckin, Cotti e Manner, além de cafés independentes locais em grandes cidades como Pequim.

Para os consumidores de café, isso significa mais opções do que nunca, seja um simples Americano ou um latte infundido com sabores de porco ou licor chinês.

Embora o chá continue sendo parte fundamental da cultura chinesa, alguns jovens consumidores de classe média encontram no café a dose de cafeína mais adequada às pressões de um mercado de trabalho competitivo.

A demanda por café na China deve chegar a cerca de 5 milhões de sacas na temporada de 2023-24, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, tornando o país o sétimo maior consumidor do mundo. Em comparação, os dois maiores países consumidores de café, EUA e Brasil, consomem mais de 20 milhões de sacas cada.

O aumento no consumo de café ao estilo ocidental na China pode ser atribuído a mudanças no estilo de vida, à medida que mais pessoas têm renda disponível, afirmou Nirmit Limbachia, líder de projeto para alimentos e bebidas na Mordor Intelligence, uma empresa de pesquisa de mercado. Urbanização, globalização e a rápida expansão tanto de cafeterias nacionais quanto estrangeiras também tornaram a cultura internacional do café “mais acessível e familiar”, disse ele.

No ano passado, a Luckin superou a Starbucks como a maior cadeia de cafés da China, o maior mercado da Starbucks depois dos EUA. A Luckin abriu mais de 5 mil lojas na China em 2023, totalizando mais de 13 mil, segundo o World Coffee Portal, em comparação com mais de 6.800 lojas da Starbucks, que inaugurou 785 lojas no país no ano passado.

A empresa dos EUA diz que superou a marca de 7 mil lojas em janeiro e pretende ter 9 mil lojas em toda a China até o próximo ano.

Wang Zichen, ex-proprietário de café, afirmou que, à medida que o café se torna uma bebida nacional, ele será mais inclusivo e diversificado, e sua popularidade continuará crescendo.

Publicado originalmente na NBC News.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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