Segundo o Tesouro Nacional, o déficit primário do governo federal fechou o acumulado em 12 meses até julho em R$ 233,29 bilhões, o que representou uma melhora expressiva em relação ao mês anterior, quando havia chegado a R$ 262 bilhões, e mais ainda em relação a maio, quando havia atingido R$ 270 bilhões. Os valores estão deflacionados.
Entretanto, esses números fazem mais sentido quando o comparamos ao PIB. Se o PIB cresce, é possível fazer déficits maiores, sem causar maiores problemas, desde que os percentuais sobre o PIB não fujam ao controle.
Neste ponto, também se notou uma melhora significativa. O déficit primário em julho, ainda considerando o acumulado de 12 meses, ficou em 2,07% do PIB, contra 2,34% no mês anterior.
Durante os 4 anos de governo Bolsonaro, o déficit primário médio ficou em 2,43% do PIB.
Outras boas notícias são o crescimento do investimento e a redução do custeio administrativo, em relação ao PIB.
Os gastos federais classificados como investimento vem aumentando de maneira consistente desde o início do segundo semestre de 2023, e voltaram a se acelerar nos últimos meses, chegando a quase 0,9% do PIB em julho, depois de passaram o primeiro semestre do ano passado estagnados em torno de 0,5% do PIB.
Já as despesas classificadas como custeio administrativo, que inclui o pagamento de salários de funcionários, vem caindo em relação ao PIB, o que sinaliza um processo de desinchaço da máquina pública e melhor direcionamento dos recursos.
Chama atenção ainda o aumento impressionante das despesas do governo federal com Bolsa Família. Essas despesas, que estavam na casa dos R$ 50 bilhões em 12 meses de 2013 a 2020, caíram para menos de R$ 30 bilhões em 2021 e 2022, e agora estão se estabilizando em mais de R$ 170 bilhões.
Os números do Tesouro podem ser conferidos aqui.
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