Zelenskyy pede mísseis de longo alcance aos aliados, alegando ser uma medida para pressionar Putin a encerrar a guerra.
O presidente Volodymyr Zelenskyy pediu nesta sexta-feira (6) aos aliados ocidentais que permitam à Ucrânia o uso de mísseis de longo alcance para atingir alvos dentro da Rússia, com o “objetivo de aumentar a pressão sobre Moscou” para encerrar a guerra, segundo ele.
“Precisamos dessa capacidade de longo alcance, não apenas no território ucraniano ocupado, mas também na Rússia, para motivar Moscou a buscar a paz”, disse Zelenskyy, durante uma reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia (UDCG) na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha.
“Precisamos que as cidades e soldados russos reflitam sobre o que realmente desejam: paz ou continuar com Putin”, acrescentou.
Segundo à Agência de Notícias Al Jazeera, os Estados Unidos prometeram mais US$ 250 milhões em ajuda militar à Ucrânia, conforme anunciado pelo Secretário de Defesa Lloyd Austin na reunião do UDCG, um grupo que reúne regularmente cerca de 50 nações que têm fornecido armamento à Ucrânia desde a invasão em larga escala da Rússia, em fevereiro de 2022.
Austin declarou que a ajuda adicional proporcionaria mais capacidades para a Ucrânia, sendo entregue “à velocidade da guerra”.
A presença de Zelenskyy na reunião foi significativa, ocorrendo logo após um ataque russo devastador em Poltava, onde 55 pessoas morreram e 300 ficaram feridas. Ao mesmo tempo, as forças russas avançam na região de Donbass, com Putin destacando a captura da área como seu “objetivo principal” no conflito.
Zelenskyy agradeceu pelo envio de caças F-16 e sistemas de mísseis de longo alcance, como o Storm Shadow, mas enfatizou a necessidade de mais apoio para forçar Putin a negociar.
No entanto, ainda é incerto se Zelenskyy conseguirá todas as suas demandas. Austin indicou que os EUA fornecerão “tudo o que puderem, mas não necessariamente tudo o que Zelenskyy pede”. Além disso, a Alemanha impôs restrições ao uso de suas armas em território russo.
Desde 2022, o grupo Ramstein já forneceu cerca de US$ 106 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, sendo os EUA o maior contribuinte, com mais de US$ 56 bilhões.
Em Oslo, o Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, acusou a China de ser uma “facilitadora decisiva” da guerra russa e pediu que o país cessasse seu apoio à “guerra ilegal da Rússia”. A China, por sua vez, já havia descrito declarações semelhantes da OTAN como “maliciosas” e tendenciosas.
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