Novo chip da Huawei é o mistério que inquieta o mercado dos EUA

Analistas preveem que a gigante das telecomunicações pode lançar um semicondutor de IA para competir com chips avançados que empresas americanas, como a Nvidia, estão proibidas de vender à China / Foto: Reprodução

A gigante chinesa de telecomunicações Huawei Technologies, que enfrentou fortes sanções dos EUA em 2020, foi cortada de suprimentos cruciais de chips, mas surpreendeu Washington no ano passado ao lançar um smartphone com um semicondutor avançado. Agora, a empresa se prepara para atingir outro marco.

A Huawei realizará seu evento de lançamento de outono na próxima segunda e terça-feira em Shenzhen, liderado pela HiSilicon, sua unidade secreta de design de chips. O anúncio provocou grande especulação, especialmente nos Estados Unidos, onde analistas do setor acreditam que a empresa possa revelar um semicondutor de inteligência artificial (IA) inovador, que poderia rivalizar com os chips avançados que empresas americanas como a Nvidia estão proibidas de vender à China.

Esse possível desenvolvimento poderia abalar o domínio de mercado que a Nvidia e outras fabricantes americanas têm na China e em países emergentes, e até mesmo fazer Washington reconsiderar sua estratégia de sanções para conter o avanço tecnológico da China.

Na sexta-feira, o governo dos EUA deu mais um passo para restringir o acesso de concorrentes, como a China, a tecnologias de ponta, anunciando novos controles de exportação para ferramentas de computação quântica e fabricação de chips avançados. Países que adotam medidas semelhantes, como a Holanda, também expandiram suas restrições à exportação de tecnologias de chips.

Embora a Huawei enfrente grandes desafios, como problemas de desempenho e dificuldades na produção em massa de chips devido às sanções, especialistas afirmam que a empresa está sob forte pressão para lançar novos produtos que a mantenham competitiva com rivais dos EUA e da Coreia do Sul. Alguns acreditam que a Huawei pode apresentar novos chips, como o Kirin 9000s para smartphones e o A910-C para IA, que poderiam competir diretamente com os chips H100 da Nvidia.

A Huawei, além de mirar no mercado chinês, tem grandes ambições internacionais, incluindo uma parceria com o astro de basquete Tony Parker para expandir sua presença na Europa antes das Olimpíadas de Paris de 2024. Com o lançamento próximo, os olhos do mundo estão voltados para a Huawei, que continua desafiando as restrições impostas pelos EUA.

Com informações do South China Morning Post.

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