China isenta tarifas sobre medicamentos e dispositivos médicos em zona piloto de Hainan, visando fortalecer o turismo médico internacional e atrair mais visitantes até 2030.
A China anunciou que eliminará tarifas sobre medicamentos e dispositivos médicos importados em uma zona piloto na província de Hainan, no sul do país, com o objetivo de impulsionar o turismo médico nacional e internacional. Além disso, as importações estarão isentas do imposto sobre valor agregado (IVA) até que a ilha atinja a independência alfandegária em 2025, conforme comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças e outros quatro ministérios.
A medida será aplicada na zona piloto de turismo médico Boao Hope Lecheng, no leste de Hainan, que o governo central pretende transformar em um destino global de turismo médico até 2030. Instituições médicas, faculdades e institutos de pesquisa da zona poderão adquirir medicamentos e dispositivos aprovados pela China. Produtos sem aprovação do governo central, mas autorizados pelo governo local de Hainan — com exceção das vacinas — também poderão ser comprados sem tarifas.
Contudo, esses produtos só poderão ser utilizados dentro da zona piloto para os fins especificados e não poderão ser retirados ou transferidos para fora da região, conforme a declaração. A China atualmente impõe tarifas que variam de 0% a 6% sobre medicamentos importados, além de uma taxa de IVA de 16%.
Pequim transformou Hainan, uma ilha de 35.000 km², no maior porto de livre comércio do mundo, oferecendo incentivos fiscais e flexibilização de vistos para turistas e viajantes a negócios. Cidadãos de 59 países, como Estados Unidos, Canadá e Austrália, podem viajar para a ilha sem a necessidade de visto.
Tradicionalmente, turistas de países menos desenvolvidos buscavam tratamentos médicos em nações desenvolvidas, mas cada vez mais viajantes de países desenvolvidos procuram destinos com tratamentos a custos menores. Países como Turquia, México, Tailândia e Coreia do Sul são referências em turismo médico, oferecendo serviços como cirurgias estéticas, ortopédicas e tratamentos de fertilidade.
Desde 2019, Boao vem trabalhando para facilitar a entrada e residência de profissionais de saúde estrangeiros, pacientes e acompanhantes. A cidade também planeja integrar o turismo médico com as vilas e cidades vizinhas, combinando tratamentos médicos com iniciativas de preservação ambiental.
Após a desaceleração nas viagens de entrada, a China tem adotado medidas para atrair mais visitantes, como políticas de isenção de visto para 12 países, facilitação de métodos de pagamento e campanhas internacionais de promoção. Nos primeiros seis meses deste ano, o país recebeu 14,64 milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 152,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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