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Banco Central: 63% dos brasileiros com valores a receber não fizeram o resgate

Mais de 41 milhões de pessoas físicas e 3,6 milhões de empresas ainda não retiraram os valores esquecidos, sendo que a maioria tem direito a pequenas quantias de até R$ 10, segundo o Banco Central Os brasileiros ainda têm R$ 8,56 bilhões em valores esquecidos no sistema financeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo […]

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Segundo o Banco Central, o Sistema de Valores a Receber já devolveu R$ 7,67 bilhões, mas ainda restam R$ 8,56 bilhões em valores esquecidos à espera de resgate / Foto: Agência Brasil

Mais de 41 milhões de pessoas físicas e 3,6 milhões de empresas ainda não retiraram os valores esquecidos, sendo que a maioria tem direito a pequenas quantias de até R$ 10, segundo o Banco Central

Os brasileiros ainda têm R$ 8,56 bilhões em valores esquecidos no sistema financeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Banco Central (BC). Até o momento, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 7,67 bilhões de um total de R$ 16,23 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.

As informações do SVR, divulgadas com dois meses de atraso, mostram que 22.201.251 correntistas já resgataram valores até o final de julho. Apesar de o número parecer expressivo, ele representa apenas 32,8% dos 67.691.066 correntistas elegíveis desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os resgates realizados, 20.607.621 são de pessoas físicas e 1.593.630 de empresas. Ainda há 41.878.403 pessoas físicas e 3.611.412 empresas que não retiraram seus valores. A maior parte dos valores esquecidos é de pequenas quantias, sendo que 63,01% dos beneficiários têm direito a até R$ 10. Valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32%, enquanto apenas 1,78% dos beneficiários podem resgatar mais de R$ 1 mil.

Após ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reativado em março de 2023, com novas fontes de recursos, um sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram resgatados R$ 280 milhões, superando os R$ 270 milhões retirados no mês anterior.

Melhorias no sistema

A nova fase do SVR trouxe inovações, como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento via WhatsApp, além da inclusão de todos os tipos de valores previstos pela norma do sistema. Também foi criada uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários consultem os valores no mesmo dia, sem a necessidade de cronograma baseado no ano de nascimento ou fundação da empresa.

O sistema agora permite a consulta de valores de pessoas falecidas, acessível a herdeiros ou representantes legais, e maior transparência em contas conjuntas, onde ambos os titulares podem ver informações sobre resgates realizados.

Expansão

Desde o dia 3 de setembro, empresas encerradas também podem consultar valores no SVR. Embora o resgate precise ser feito diretamente com a instituição financeira, o representante legal da empresa pode acessar o sistema usando sua conta pessoal Gov.br.

Fontes de recursos

Novas fontes de recursos esquecidos foram adicionadas ao SVR, incluindo contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de corretoras e distribuidoras encerradas, e outros recursos disponíveis para devolução.

Golpes

O Banco Central alerta os correntistas sobre tentativas de golpe. A instituição reforça que os serviços do SVR são gratuitos, que o órgão não envia links ou solicita dados pessoais, e que apenas as instituições financeiras identificadas na consulta podem contatar o cidadão.

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