O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou que a Polícia Federal (PF) analise as alegações da rede social X a respeito de investigados que driblam ordens de bloqueio impostas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Essa solicitação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (5), no contexto de um inquérito envolvendo o bilionário Elon Musk, acusado de obstrução de Justiça. Agora, cabe ao ministro decidir se acata o pedido da PGR.
Em abril, a PF apresentou a Moraes um relatório apontando que investigados, mesmo com perfis bloqueados, continuam fazendo transmissões ao vivo e interagindo com usuários brasileiros na plataforma.
A investigação mostra que, mesmo a partir do Brasil, foi possível acessar as transmissões e seguir os perfis bloqueados.
Segundo a PF, os investigados seguem divulgando transmissões, postagens ofensivas ao ministro e propagando desinformação.
A rede social X afirmou que alguns usuários estão contornando as restrições de bloqueio e segurança da plataforma. Entre os citados está o jornalista Allan dos Santos, que se mudou para os Estados Unidos após começar a ser investigado no Brasil.
Na semana passada, Alexandre de Moraes ordenou a suspensão da rede social X. A decisão foi tomada após o fim do prazo de 24 horas dado a Elon Musk, proprietário da rede, para nomear um representante legal no Brasil.
Em 17 de agosto, Musk anunciou o fechamento do escritório da empresa no Brasil depois que a rede foi multada por não retirar do ar perfis investigados por publicar mensagens consideradas antidemocráticas e ofensivas aos membros do STF.