Na noite desta quinta-feira, 5, o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, respondeu a acusações de assédio sexual por meio de uma nota oficial, refutando as alegações e descrevendo-as como “mentiras”. Almeida expressou seu repúdio, citando o amor e respeito por sua família e seu compromisso com a causa dos direitos humanos.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, declarou o ministro em sua nota.
Almeida afirmou que as acusações são ilações sem materialidade e acusou certos grupos de tentarem manchar sua reputação e a causa que defende.
“Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”, ressaltou.
O ministro também anunciou que encaminhará ofícios para a Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Procuradoria-Geral da República solicitando uma investigação rigorosa. Ele destacou que as denúncias, carecendo de provas, configuram “denunciação caluniosa”, conforme o artigo 339 do Código Penal.
Almeida mencionou ainda que a campanha contra ele reflete preconceitos raciais e sociais:
“De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias”.
A resposta do ministro ocorre após o Me Too Brasil, organização que acolhe vítimas de violência sexual, ter sido citada em relatos de supostos episódios de assédio praticados por ele, conforme divulgado pelo jornalista Guilherme Amado do Metrópoles.
A organização, ao ser consultada, manteve a confidencialidade das supostas vítimas, reiterando seu princípio de não exposição.