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Aumento da Covid-19 em SP preocupa e pode afetar outros estados, diz Fiocruz

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (5), alerta para o contínuo aumento de casos de Covid-19 no Brasil, com destaque para os estados de São Paulo e Goiás. Esse crescimento está diretamente relacionado às ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo coronavírus. A movimentação intensa de pessoas entre São Paulo […]

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O novo Boletim InfoGripe revela crescimento preocupante de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em São Paulo e Goiás, além de aumento de hospitalizações entre crianças e adolescentes por rinovírus em várias regiões do país / REUTERS / Wolfgang Rattay

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (5), alerta para o contínuo aumento de casos de Covid-19 no Brasil, com destaque para os estados de São Paulo e Goiás. Esse crescimento está diretamente relacionado às ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo coronavírus. A movimentação intensa de pessoas entre São Paulo e outras regiões do país preocupa os pesquisadores, que indicam que a alta nos casos de SRAG por Covid-19 no estado pode facilitar a disseminação da doença em outros estados nas próximas semanas.

Enquanto isso, os casos de SRAG por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e influenza A continuam a mostrar uma tendência de queda na maior parte do país. A nível nacional, no entanto, observa-se um aumento de casos de SRAG em todas as faixas etárias. Dados laboratoriais apontam que, entre crianças e adolescentes de até 14 anos, o aumento está vinculado ao rinovírus, enquanto em outras faixas etárias o crescimento de hospitalizações está associado à Covid-19. O boletim é referente à Semana Epidemiológica 35, que abrange o período de 25 a 31 de agosto.

Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, reforça a necessidade de que todos os integrantes dos grupos de risco mantenham sua vacinação contra a Covid-19 em dia. Além disso, ela destaca a importância de adotar medidas preventivas, como o uso de máscaras em locais fechados e com grande circulação de pessoas, especialmente em unidades de saúde.

Em relação às crianças e adolescentes, que estão sendo impactados pelo aumento do rinovírus, a orientação é que permaneçam em casa ao apresentarem sintomas de síndrome gripal. Caso o isolamento não seja possível, é essencial o uso de uma máscara adequada ao sair de casa. E, em casos de piora dos sintomas, é recomendado buscar atendimento médico imediatamente.

O boletim também ressalta o aumento de casos de SRAG por rinovírus, concentrado principalmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Esse aumento se dá em diversos estados das regiões Nordeste, Centro-Sul e em alguns estados da região Norte. O VSR e o rinovírus seguem como as principais causas de internações e óbitos em crianças de até dois anos, apesar de os casos de SRAG por VSR apresentarem queda nas últimas semanas.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência dos casos positivos de SRAG foi distribuída da seguinte forma: 28,4% relacionados à Covid-19 (Sars-CoV-2), 12,4% à influenza A, 2,6% à influenza B, e 11,3% ao VSR.

A tendência de aumento de SRAG foi identificada em 17 unidades federativas, incluindo Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Esse aumento é principalmente impulsionado por infecções de rinovírus e Covid-19 em crianças e adolescentes.

Entre as capitais, 11 registraram aumento de casos de SRAG, sendo elas Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, João Pessoa, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresina e Vitória.

O levantamento indica que, em 2024, já foram notificados 123.082 casos de SRAG, sendo que 48,3% tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório, e 40,1% foram negativos. Entre os casos confirmados, 18,7% foram por influenza A, 0,6% por influenza B, 41,6% por VSR, e 18% por Covid-19.

Em termos de mortalidade, os idosos continuam a ser os mais afetados, com a maioria dos óbitos causados pela Covid-19 e influenza A. Já em crianças pequenas, o VSR e o rinovírus são os principais responsáveis tanto pelas internações quanto pelos óbitos.

Até o momento, 7.370 óbitos por SRAG foram registrados em 2024, com 52,2% relacionados a vírus respiratórios, sendo a maior parte por Covid-19. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a Covid-19 representou 48% dos casos positivos, seguida de influenza A, VSR e influenza B.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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