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Governo recua e exclui MST do 7 de setembro por medo de militares

Alegando dificuldades logísticas, o governo retira o MST do desfile de 7 de setembro; fontes apontam que a decisão foi motivada por pressão das Forças Armadas.

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Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva (2nd-L) is greeted by Army Brigade General Francisco Albuquerque (R), next to Sao Paulo´s state Governor Claudio Lembo (L), during a ceremony at an Army headquarters, in Barueri, 26km west of Sao Paulo, Brazil, 11 August 2006. Lula da Silva said he will mobilize the army to help guard against crime in Sao Paulo state, where 180 people have been killed in violent clashes over the past three months. Lula told that he would visit Sao Paulo to speak with the army chief and ask for help in solving the crisis. Local officials in Sao Paulo have resisted previous offers of military involvement. AFP PHOTO/Mauricio LIMA (Photo by MAURICIO LIMA / AFP)

Alegando dificuldades logísticas, o governo retira o MST do desfile de 7 de setembro; fontes apontam que a decisão foi motivada por pressão das Forças Armadas.


A poucos dias do desfile de 7 de setembro, o governo federal retirou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da cerimônia oficial, alegando dificuldades logísticas. Entretanto, fontes consultadas pela clona indicam que o verdadeiro motivo foi a pressão das Forças Armadas. A presença do movimento no evento incomodou militares responsáveis pela organização, resultando na exclusão do MST do cronograma.

O governo havia destinado R$ 10 milhões para as Forças Armadas participarem do desfile, com R$ 3,33 milhões sendo distribuídos para a marinha, exército e aeronáutica, cada um. No entanto, apesar do investimento, a retirada do MST foi decidida de última hora, em um movimento, no mínimo, desesperado.

Interlocutores do movimento em conversas reservadas afirmaram à clona que já esperavam esse recuo. Segundo essas fontes, a pressão militar para evitar a presença do MST no desfile era crescente. Para o movimento, essa decisão confirma o histórico de submissão de Lula diante dos militares, algo que marcou seus mandatos anteriores e parece continuar.

Apesar de o governo justificar a exclusão como uma questão logística, fontes internas e ligadas ao MST indicam que essa foi apenas uma fachada para evitar o conflito aberto com as Forças Armadas. Havia uma expectativa de que o movimento fosse homenageado durante o evento por sua atuação na reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes recentes. A retirada causou frustração entre os membros, que viam a participação no evento como um reconhecimento por seus esforços.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, teve um papel importante na mediação da situação, segundo pessoas próximas ao governo. No entanto, a decisão final de excluir o MST demonstra a influência dos militares em pautas sensíveis. Além disso, essa exclusão levanta questionamentos sobre a capacidade do governo Lula de enfrentar as Forças Armadas em questões que envolvem movimentos sociais.

Outras instituições, como o Corpo de Bombeiros e os Correios, continuam no cronograma das homenagens. Contudo, o recuo em relação ao MST reforça a percepção de que, apesar de seu alinhamento histórico com o governo, o movimento ainda enfrenta resistência nas altas esferas do poder.

A decisão de última hora, marcada por justificativas técnicas e intervenções militares, deixa claro que as tensões entre o governo civil e as Forças Armadas continuam sendo um tema delicado, capaz de influenciar decisões políticas e de gestão em eventos simbólicos como o 7 de setembro.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Comentários

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João Ferreira Bastos

05/09/2024 - 12h34

Governo covarde

Organização criminosa é o PL

Francis Bacon

05/09/2024 - 09h59

Deveria manter o MST e tirar os 10 milhões para militares. Em termos de serviços ao povo, o MST é muito mais importante.As forças armadas são parasitas da nação, o pouco que fazem não custam os bilhões que gastam.

Kleiton

04/09/2024 - 20h15

O MST è uma organizaçào criminosa.


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