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Exército não irá comentar vínculo entre filho do comandante e empresa Starlink. “Não é um assunto do Exército”

A representação de Starlink no Brasil está no centro de uma controvérsia, mas o Exército mantém silêncio sobre o vínculo de Tomás Schoeller Paiva com a empresa.

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General Tomás Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército Divulgação/Exército

A representação de Starlink no Brasil está no centro de uma controvérsia, mas o Exército mantém silêncio sobre o vínculo de Tomás Schoeller Paiva com a empresa.


A revelação de que o advogado Tomás Schoeller Paiva, filho do comandante do Exército, é o representante legal da Starlink no Brasil foi trazida a público pelo jornalista Tácio Lorran, gerando questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse. No entanto, o Exército afirma que a relação é estritamente profissional.

No entanto, uma fonte do Exército, em contato com a coluna, tratou de minimizar a controvérsia, afirmando que o envolvimento de Tomás Schoeller Paiva com a Starlink é “estritamente profissional” e que seu papel na empresa não tem qualquer relação com a posição de seu pai como comandante das Forças Armadas. Segundo essa fonte, Schoeller Paiva está no cargo por mérito e competência, e os contratos com a Starlink foram firmados antes dos eventos recentes envolvendo Alexandre de Moraes.

A fonte também destacou que não há ligação entre a atuação de Schoeller Paiva e as aquisições feitas pelo Exército, descrevendo a situação como uma “coincidência”.

Investigação do TCU

Apesar da resposta do Exército, o Tribunal de Contas da União (TCU) segue investigando suspeitas de favorecimento à Starlink em uma licitação realizada pelo Comando Militar da Amazônia. A licitação, ocorrida em maio deste ano no valor de R$ 1,5 milhão, teve como objetivo fornecer internet via satélite em áreas estratégicas da Amazônia. A Starlink foi a única empresa que atendeu às exigências técnicas estabelecidas no edital, o que eliminou a concorrência.

O TCU questiona as especificações do edital, que exigiam uma velocidade mínima de 80 megabits de download, 20 megabits de upload e latência inferior a 100 milissegundos, critérios que podem ter restringido a competitividade do certame. O tribunal também solicitou análises alternativas e justificativas para a escolha da Starlink.

Relação com o STF

A Starlink já estava sob os holofotes recentemente devido à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou o bloqueio de contas da empresa, após descumprimentos de ordens judiciais e multas não pagas. Tomás Schoeller Paiva, na condição de representante legal da Starlink, foi o responsável por assinar o documento enviado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicando o bloqueio.

Posicionamento do Exército

Internamente a instituição sustenta que o trabalho de Tomás Schoeller Paiva é desvinculado de qualquer influência familiar ou institucional. A fonte reafirmou que “esse não é um assunto do Exército” e que as aquisições da Starlink são tratadas como qualquer outra negociação com fornecedores de internet.

No entanto, a continuidade das investigações e a falta de maior clareza nas explicações deixam em aberto questões sobre a transparência nas relações entre as Forças Armadas e empresas privadas.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Comentários

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Ewerton Siqueira

05/09/2024 - 07h57

Então tá! Papai Noel, Branca de neve, Coelhinho da Páscoa etc e etc.
Agora, qualquer contrato que as Forças Armadas fizerem com a Starlink, será olhado com suspeita!

Sergio Furtado Cabreira

05/09/2024 - 07h27

POBRE EXÉRCITO BRASILEIRO… TÁ CAINDO DE PODRE!
ENTREGARAM A VIGILÂNCIA PARA OS ESPIÕES DOS EUA…
ESSA GENTE NÃO CANSA DE FAZER PATRIOTARIADAS E CORRUPÇÃO!
ISSO DÁ NÁUSEAS!
E, FICA TODO MUNDO CALUDINHO DA SILVA!
ÁRRE’ÉGUA!


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