A Volkswagen anunciou planos para potencialmente fechar duas de suas fábricas na Alemanha e terminar programas de segurança no emprego como parte de um amplo plano de redução de custos.
A medida vem em resposta a desafios econômicos crescentes, incluindo a competitividade declinante da economia alemã.
Oliver Blume, presidente-executivo do Grupo VW, mencionou as condições econômicas adversas como um fator significativo por trás das decisões.
Thomas Schaefer, chefe da marca VW, declarou que a situação financeira tensa da empresa exige mais do que medidas simples de redução de custos e anunciou a necessidade de cortar € 10 bilhões (US$ 11,07 bilhões) até 2026.
“A situação é extremamente tensa e não pode ser superada com simples medidas de corte de custos”, explicou em comunicado.
O Conselho de Trabalhadores da empresa, que representa os interesses dos funcionários, prometeu resistir fortemente aos planos propostos, denunciando a obsolescência planejada de uma grande fábrica de veículos e uma fábrica de componentes.
Daniella Cavallo, chefe do Conselho de Trabalhadores, criticou a administração por decisões anteriores, como o investimento inadequado em tecnologias híbridas e elétricas acessíveis.
Cavallo chamou atenção para a complexidade excessiva e as práticas ineficazes dentro da empresa, pedindo uma redução na complexidade e melhor aproveitamento das sinergias da marca.
Essa notícia surge em um momento difícil para a economia alemã, já impactada por altos custos de energia e desafios geopolíticos, incluindo as sanções contra a Rússia, que segundo o presidente russo Vladimir Putin, afetaram principalmente a Alemanha.
O chanceler alemão Olaf Scholz enfrenta pressões adicionais após resultados desfavoráveis em recentes eleições regionais.
As ações da Volkswagen apresentaram alta de 2,57% na segunda-feira, refletindo uma reação mista do mercado às novidades anunciadas pela empresa.
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