A combinação de esforços entre as Forças de Segurança do Governo Federal na Terra Indígena Yanomami levou a avanços significativos no combate ao garimpo ilegal durante o mês de agosto. Segundo informações da Casa de Governo, órgão que coordena as operações, foram realizadas 38 prisões na terra indígena neste período.
Entre 22 e 26 de agosto de 2024, na região de Jeremias, dois garimpeiros foram detidos, além de 11 motores e um acampamento terem sido destruídos. No rio Couto Magalhães, uma das áreas mais afetadas pelo garimpo, mais dois garimpeiros foram presos. As equipes também apreenderam geradores, motores, bombas, celulares e documentos relacionados às atividades ilegais.
Na região do rio Mucajaí, outro foco de combate, 18 galões de diesel — conhecido como “o combustível do garimpo” — foram confiscados, juntamente com motores, geradores e outros equipamentos. Na área de Xitei, seis garimpeiros se entregaram voluntariamente após tentarem fugir das forças federais.
Em 24 de agosto de 2024, três garimpeiros foram presos após a destruição de acampamentos e equipamentos ilegais na Estação Ecológica de Maracá. Os detidos foram levados à Polícia Federal em Boa Vista, onde foram formalizados autos de infração e termos de apreensão e destruição.
O balanço das operações de agosto revela números impressionantes: 12.560 litros de óleo diesel e 871 kg de suprimentos foram destruídos. Além disso, 64 acampamentos e 60 edificações usadas por garimpeiros foram desmantelados. As forças de segurança também inutilizaram quatro balsas, três quadriciclos, 20 antenas Starlinks e 70 geradores, enfraquecendo ainda mais a infraestrutura dos invasores.
As apreensões incluem 1.740 kg de suprimentos, 104.649 kg de mercúrio, 516 munições e 13 armas. Foram confiscados também 25.700 kg de cassiterita, 550 litros de gasolina, 18 gramas de ouro, além da destruição de 177 motores. Duas aeronaves também foram inutilizadas no mês.
Até o momento, a Casa de Governo realizou um total de 1.479 operações, sendo 324 apenas em agosto. As forças de segurança continuam monitorando pistas de pouso clandestinas e rotas aéreas usadas no transporte de materiais e garimpeiros na região. A destruição de uma pista de pouso e a apreensão de materiais logísticos fazem parte do esforço contínuo do Governo Federal para desmantelar a logística que sustenta o garimpo ilegal.