A prévia da inflação de agosto ficou em 0,19% — 0,11 ponto percentual abaixo da taxa registrada em julho (0,30%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira, 27 de agosto, aponta que a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) vieram do grupo Transportes.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faz esse levantamento mensalmente e, para o cálculo atual, os preços foram coletados no período de 16 de julho a 14 de agosto de 2024.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em agosto. No grupo Transportes, o resultado foi influenciado pelos combustíveis (3,47%), em especial pela gasolina (3,33%). Por outro lado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63%). Na sequência, aparecem os grupos Educação (0,75%) e Artigos de residência (0,71). Já o grupo de Alimentação e bebidas (-0,80%) apresentou queda pelo segundo mês consecutivo.
No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio (-1,30%) apresentou queda mais intensa do que a de julho (-0,70%). Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-26,59%), da cenoura (-25,06%), da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%). A alimentação fora do domicílio (0,49%) registrou alta em relação a julho (0,25%), em virtude das altas mais intensas do lanche (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e da refeição (0,23% em julho para 0,37% em agosto).
O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Quanto aos índices regionais, oito áreas de abrangência tiveram alta em agosto . A maior variação foi observada em Recife (0,50%), por conta da alta da gasolina (6,01%). Três áreas de abrangência, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador, registraram queda de preços. Em Salvador, região que teve o resultado mais destacado (-0,11%), a maior variação foi identificada no tomate (-30,33%) e na cebola (-13,73%).