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Brasil lança megaoperação para localizar pessoas desaparecidas

A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas começou nesta segunda-feira (26), com foco na coleta de DNA e impressões digitais para ajudar na localização de desaparecidos. Na primeira fase, que vai até sexta-feira, 30 de agosto, familiares de pessoas desaparecidas poderão fornecer amostras de DNA através da coleta de saliva. Para participar, […]

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Primeira fase da campanha nacional, com foco na coleta de DNA de familiares por meio da saliva, vai até sexta-feira (30) / Foto: Polícia Civil / Imprensa

A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas começou nesta segunda-feira (26), com foco na coleta de DNA e impressões digitais para ajudar na localização de desaparecidos.

Na primeira fase, que vai até sexta-feira, 30 de agosto, familiares de pessoas desaparecidas poderão fornecer amostras de DNA através da coleta de saliva. Para participar, é necessário apresentar o boletim de ocorrência do desaparecimento. Há quase 300 pontos de coleta espalhados pelo Brasil.

A iniciativa, organizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, será realizada em três etapas e utilizará técnicas avançadas de identificação genética e papiloscópica.

Durante a cerimônia de abertura, no Palácio da Justiça em Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou o caráter humanitário da campanha. “Encontrar um ente querido alivia uma dor profunda e é uma questão de direitos humanos”, afirmou. O evento também marcou o início da coleta de DNA, com a participação de Ana Paula Farias Lima, cuja busca por seu pai, desaparecido há três anos no Distrito Federal, continua.

Ana Paula Farias fez a coleta de DNA. Ela procura o pai há três anos / Foto: Jamile Ferraris / MJSP

A segunda etapa da campanha se concentrará na coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas com identidade desconhecida. Na fase final, será realizada uma análise das impressões digitais de corpos não identificados armazenadas em unidades federativas. Esses dados serão comparados com registros existentes nos bancos de biometrias e integrarão a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).

O cruzamento de dados genéticos coletados em todo o país será feito pelo Banco Nacional de Perfis Genéticos, permitindo a comparação em nível nacional com perfis armazenados nos 23 laboratórios de genética forense que compõem a rede. Essa abordagem genética é fundamental para a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, estabelecida pela Lei nº 13.812/2019.

Entre janeiro e agosto de 2024, 45.670 pessoas desapareceram no Brasil, das quais 12.148 tinham até 17 anos. No mesmo período, 30.016 pessoas foram localizadas, sendo 7.654 menores de idade. A campanha busca aumentar esses números, proporcionando mais reencontros e alívio para famílias de todo o país.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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