As importações chinesas de equipamentos para fabricação de semicondutores atingiram um recorde nos primeiros sete meses deste ano, à medida que as empresas da nação asiática continuam a aumentar suas compras, caso os EUA e seus aliados as bloqueiem ainda mais de comprar.
As empresas chinesas importaram quase US$ 26 bilhões em maquinário para fabricação de chips, segundo dados comerciais divulgados esta semana pela Administração Geral das Alfândegas da China. Isso superou o recorde anterior de 2021 e ocorre enquanto autoridades americanas, japonesas e holandesas trabalham para aumentar as restrições às empresas chinesas.
As compras chinesas de empresas como Tokyo Electron Ltd., ASML Holding NV e Applied Materials Inc. dispararam no último ano. Durante esse período, as empresas chinesas adquiriram mais equipamentos de menor tecnologia após os EUA e seus aliados apertarem os controles sobre o acesso às tecnologias mais avançadas. Essa onda de compras ajudou a impulsionar as exportações holandesas para a China a novos patamares, superando US$ 2 bilhões em julho pela segunda vez na história.
As vendas da empresa holandesa ASML para a China aumentaram 21% no segundo trimestre, representando quase metade de sua receita total, com vendas compostas por sistemas mais antigos e sem restrições, enquanto Pequim busca fabricar tipos mais maduros de semicondutores. A ASML é a única fornecedora dos equipamentos de litografia mais avançados necessários para fabricar chips de última geração. A Semiconductor Manufacturing International Corp. da China contou com as máquinas de litografia de geração anterior da ASML para alcançar um avanço tecnológico no ano passado, conforme relatado pela Bloomberg News.
Espera-se que os fabricantes chineses de chips aumentem sua produção em 14%, para 10,1 milhões de wafers por mês em 2025, ou quase um terço da produção da indústria global, após atingir um aumento de 15% este ano, segundo estimativas da associação comercial SEMI em junho.
Os EUA têm endurecido as regras que restringem o progresso da China em tecnologias críticas, incluindo semicondutores e IA. Essas medidas incluem repetidas rodadas de controles de exportação que limitam a venda de chips avançados e equipamentos capazes de fabricar esses componentes.
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