China avança na tecnologia de resfriamento hipersônico e pega de surpresa os EUA

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A China deu um passo significativo na corrida tecnológica global ao desenvolver um novo sistema de resfriamento hipersônico, capaz de gerenciar o calor extremo gerado durante voos de alta velocidade.

O avanço, liderado pela equipe de pesquisa militar da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa e divulgado pelo South China Morning Post (SCMP) neste mês, permite que o dispositivo opere por até 2,5 horas, uma inovação crucial para missões de longa duração e alta velocidade.

O dispositivo, descrito no Journal of National University of Defence Technology, utiliza a energia térmica do aquecimento aerodinâmico para acionar um ciclo de resfriamento ativo, garantindo o funcionamento adequado de componentes críticos em condições extremas de voo.

Este desenvolvimento é parte da corrida da China para fortalecer suas capacidades hipersônicas, em paralelo aos esforços dos Estados Unidos e da Rússia, que já realizam voos de teste de aeronaves hipersônicas não tripuladas e planejam voos globais tripulados até 2035.

O SCMP destacou que a China já havia revelado, em 2019, o DF-17, o primeiro míssil planador hipersônico do mundo. Testes recentes conduzidos pelo Exército dos EUA com uma arma semelhante ressaltam o ritmo acelerado deste campo tecnológico.

Entretanto, o gerenciamento do calor gerado durante o voo hipersônico continua a ser um dos maiores desafios, como apontado em uma investigação do Congresso dos EUA.

Recentemente, cientistas chineses apresentaram um novo veículo hipersônico de deslizamento (HGV), capaz de exceder velocidades de Mach 15 e que utiliza uma trajetória inovadora para ampliar o alcance e a manobrabilidade.

Este novo design inclui um propulsor de combustível sólido com capacidade de múltiplas ignições, permitindo manobras dentro e fora da atmosfera, aumentando o alcance destrutivo em mais de um terço.

Embora o relatório observe que a tecnologia ainda não esteja pronta para combate, ele destaca o potencial para mudanças significativas no uso de planadores hipersônicos, que podem evoluir de operações regionais para globais. Simulações indicam que o novo design poderia manter velocidades acima de Mach 17 por longos períodos, tornando possível atingir alvos em qualquer lugar do mundo.

Enquanto a China avança rapidamente em suas tecnologias hipersônicas, os Estados Unidos enfrentam dificuldades para desenvolver sistemas de detecção e defesa contra essas ameaças emergentes, conforme apontado em um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA, publicado em junho de 2024.

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