Metade dos judeus israelenses diz que Israel não deve obedecer à lei internacional em Gaza

Os resultados da pesquisa foram divulgados no domingo pelo Instituto de Estudos de Segurança Nacional

Uma nova pesquisa revelou que 47% dos judeus israelenses acreditam que Israel não deve obedecer às leis internacionais e aos valores morais durante a guerra de Israel em Gaza.

Os resultados da pesquisa foram divulgados no domingo pelo Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS).

Isso sugere que a maioria dos israelenses acredita que os agentes penitenciários acusados ​​de agredir sexualmente uma detida palestina não devem enfrentar acusações criminais e apenas ser disciplinados pelo exército.

No final do mês passado, nove soldados israelenses foram presos pelo suposto estupro de uma palestina detida em Sde Teiman, uma instalação no deserto de Negev, no sul de Israel.

O incidente gerou uma reação negativa em Israel, com uma multidão de extrema direita, que incluía um parlamentar e um ministro, invadindo o centro de detenção e um tribunal militar em protesto contra as prisões.

Cinco dos detidos foram liberados para prisão domiciliar na terça-feira, aguardando uma possível decisão do exército de apresentar acusações.

As forças israelenses mataram pelo menos 40.005 palestinos no enclave sitiado desde 7 de outubro, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

Mais de 92.401 pessoas ficaram feridas, enquanto cerca de 10.000 pessoas estão desaparecidas, provavelmente mortas e soterradas sob os escombros.

Em 7 de outubro, um ataque surpresa liderado pelo Hamas no sul de Israel matou cerca de 1.200 israelenses. Mais de 250 outros foram levados cativos de volta para a Faixa de Gaza.

Enquanto isso, na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, as forças israelenses também mataram pelo menos 632 palestinos desde o início da guerra, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse número inclui 147 crianças e nove mulheres.

Publicado originalmente pelo Middle East Eye em 18/09/2024 – 20h25

Por Imran Mulá