China cria tecnologia avançada para enfrentar o calor em voos hipersônicos

CCTV

Um instituto de pesquisa militar chinês anunciou o desenvolvimento de um novo sistema de resfriamento capaz de gerenciar eficientemente o calor extremo em voos hipersônicos, conforme publicado no Journal of National University of Defence Technology.

O dispositivo, liderado pelo pesquisador assistente Li Shibin da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa, em Changsha, opera de forma autônoma usando a energia térmica gerada pelo voo como força motriz para o resfriamento.

Este avanço tecnológico permite que o dispositivo funcione por até 2 horas e meia, uma duração significativamente maior que as soluções anteriores, possibilitando, teoricamente, uma viagem de um lado da Terra ao outro.

O sistema é notável por sua estrutura simples e custo relativamente baixo, não requerendo componentes complexos como tubos de calor ou bombas de reforço, e precisa apenas de água limpa recarregada antes de cada voo.

O projeto vem em um momento em que a China intensifica suas capacidades hipersônicas, competindo diretamente com os Estados Unidos e a Rússia.

O país já realizou voos de teste com aeronaves hipersônicas não tripuladas de longa duração e almeja voos globais tripulados até 2035.

Além disso, o desenvolvimento de armas hipersônicas, que podem viajar a mais de cinco vezes a velocidade do som e têm trajetórias imprevisíveis, torna o controle térmico uma prioridade urgente.

O dispositivo utiliza um aerogel para absorver e isolar a água que, ao evaporar, controla a temperatura interna para abaixo de 100 graus Celsius durante os primeiros 50 minutos de voo.

Esta tecnologia representa uma solução potencial para os desafios de gerenciamento térmico enfrentados por mísseis hipersônicos, que são expostos a calor extremo durante voos de alta velocidade.

Os Estados Unidos, conforme um relatório do Congresso divulgado em janeiro de 2023, têm enfrentado desafios semelhantes com seus sistemas de resfriamento em armas hipersônicas, colocando a nação em desvantagem em relação à China neste campo tecnológico crítico.

Com informações do SCMP

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