Os pagamentos do Bolsa Família de agosto começaram nesta segunda-feira (19), beneficiando 20,76 milhões de famílias em todo o Brasil. O Governo Federal destinou R$ 14,12 bilhões para o programa neste mês, resultando em um benefício médio de R$ 681,09 por família. O programa, que tem um foco especial na infância e adolescência, atende mais de 16,48 milhões de crianças de zero a 11 anos e 7,73 milhões de adolescentes de 12 a 17 anos, totalizando 24,22 milhões de jovens, o que representa 44,4% do total de beneficiários.
O Bolsa Família oferece benefícios específicos para essas faixas etárias, como o Benefício Primeira Infância de R$ 150 e o Benefício Variável Familiar de R$ 50, destinado a crianças e adolescentes. Além disso, gestantes e nutrizes também recebem um auxílio de R$ 50 cada. Para muitas famílias, como a de Jenivalda Santos, marisqueira de São Cristóvão, em Sergipe, o Bolsa Família é essencial. “Eu recebo o Bolsa Família, e para mim e para todos que precisam, é uma ajuda. Muitas mães que têm filhos pequenos e não podem trabalhar vivem disso”, relata Jenivalda.
Em agosto, o programa investiu R$ 1,32 bilhão no Benefício Primeira Infância, atendendo mais de 9,35 milhões de crianças de zero a seis anos. Adicionalmente, R$ 53,74 milhões foram destinados às famílias de 1,14 milhão de gestantes, e R$ 19,65 milhões foram para 408,19 mil nutrizes.
O Benefício Variável Familiar, voltado para crianças e adolescentes de sete a 16 anos incompletos, recebeu um investimento de R$ 567,49 milhões, beneficiando 12,37 milhões de jovens. Já para os adolescentes de 16 a 18 anos incompletos, o repasse foi de R$ 142,16 milhões, atendendo 3,16 milhões de pessoas.
Além dos benefícios gerais, o programa também atende públicos prioritários, totalizando 944,5 mil famílias neste mês. Entre elas, 229,23 mil famílias indígenas, 259,22 mil famílias quilombolas, 13,73 mil famílias com crianças em situação de trabalho infantil, 64,95 mil famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão e 385,43 mil famílias de catadores de material reciclável. Também foram incluídas 227,22 mil famílias com pessoas em situação de rua.
As mulheres continuam a ser a maioria dos beneficiários do Bolsa Família. Do total de beneficiários, 31,73 milhões (58,2%) são mulheres, e elas também predominam como responsáveis pelos lares, com 17,33 milhões recebendo os recursos em seu nome, o que equivale a 83,5%. Lares chefiados por mulheres com filhos e sem cônjuge somam 10,69 milhões, representando 51,5% das famílias atendidas.
No aspecto racial, 39,74 milhões de beneficiários são negros ou pardos, representando 72,9% do total.
Em agosto, 2,74 milhões de famílias estão protegidas pela “Regra de Proteção”, que se aplica a famílias que tiveram um aumento de renda para até meio salário mínimo por pessoa. Essas famílias podem permanecer no programa por até dois anos, recebendo 50% do valor do benefício a que teriam direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes. O benefício médio para essas famílias é de R$ 371,04.
Geograficamente, o Nordeste concentra o maior número de beneficiários, com 9,39 milhões de famílias, recebendo um total de R$ 6,38 bilhões, resultando em um benefício médio de R$ 679,82.
O Sudeste vem em seguida, com 6,05 milhões de famílias beneficiadas e um repasse total de R$ 4,04 bilhões, perfazendo um benefício médio de R$ 669,30.
No Norte, onde o valor pago por residência é o mais alto, o benefício médio é de R$ 717,41, com um investimento de R$ 1,88 bilhão para 2,62 milhões de famílias.
No Sul, 1,53 milhão de famílias recebem um total de R$ 1,03 bilhão, com um benefício médio de R$ 672,18.
Por fim, no Centro-Oeste, 1,15 milhão de lares são beneficiados com R$ 786,5 milhões, resultando em um benefício médio de R$ 682,24.