A cúpula do Senado descartou a possibilidade de avanço nos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, mesmo após a revelação de que ele teria utilizado o TSE fora dos procedimentos formais para investigar bolsonaristas.
Segundo a Folha, aliados de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acreditam que o episódio não mudará sua postura contra o impeachment de ministros do STF.
O senador Davi Alcolumbre, embora tenha acenado para a oposição, também reconhece o impacto negativo que o afastamento de um ministro do STF causaria. Senadores da base governista minimizaram as revelações, afirmando que a pressão sobre Moraes deve diminuir em breve.
No PSD, a maior bancada do Senado, a maioria dos senadores concluiu que não há motivos para impeachment ou CPI. O líder do grupo, Otto Alencar, defendeu Moraes, ressaltando sua atuação em prol da democracia.
Apesar de um novo pedido de impeachment ter sido apresentado pela oposição, a avaliação geral entre os senadores é que o processo dificilmente avançará. As revelações indicam que o gabinete de Moraes utilizou o setor de combate à desinformação do TSE como apoio investigativo, mas aliados consideram que as ações do ministro foram necessárias em um contexto de tentativa de golpe de Estado.