Em julho, o Brasil alcançou um volume recorde de importações de fertilizantes da Rússia, com remessas que totalizaram 1.140.000 toneladas, um aumento mensal de 7,5%, conforme relatado pela agência de notícias RIA Novosti no último sábado.
Essa marca estabelece um novo recorde para o país sul-americano, que é o maior importador mundial de fertilizantes, superando a marca de um milhão de toneladas por três meses consecutivos até julho. O valor das exportações russas para o Brasil também cresceu, atingindo US$ 364,4 milhões, o maior desde março de 2023.
A China, outro grande fornecedor de fertilizantes, quase dobrou suas exportações para o Brasil em julho, alcançando 783.400 toneladas.
Enquanto isso, o Canadá também registrou um aumento modesto de 1%, totalizando 697.000 toneladas. Por outro lado, Egito e Marrocos viram uma redução nos seus envios para o Brasil, com quedas de 29% e 7%, respectivamente.
O aumento nas importações de fertilizantes pelo Brasil nos últimos meses é atribuído às condições climáticas cada vez mais desafiadoras. As importações de junho e julho foram as maiores já registradas para esses meses, com 4.200.000 e 4.500.000 milhões de toneladas, respectivamente.
Além disso, os laços econômicos entre Brasil e Rússia continuam a se fortalecer dentro do contexto do grupo BRICS, mesmo diante de sanções ocidentais.
O Brasil, que reconhece apenas as sanções emitidas pelo Conselho de Segurança da ONU, tem mantido e expandido o comércio bilateral com a Rússia, que alcançou um recorde de US$ 11 bilhões no início deste ano.
A EuroChem, produtora russa de fertilizantes, inaugurou uma nova unidade no Brasil com capacidade anual de produção de um milhão de toneladas de fertilizantes avançados de fosfato, após um investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão na aquisição e conclusão de um projeto iniciado pela norueguesa Yara em 2022.