Na última sexta-feira, 9, um avião da Voepass caiu em Vinhedo, São Paulo, sob condições meteorológicas extremas. Informações preliminares indicam que a aeronave enfrentou um sistema frontal de turbulência, com nuvens do tipo cirrocumulus, caracterizadas pela alta umidade e pressão atmosférica, levando à formação de água supercongelada com temperaturas entre -45ºC e -60ºC.
Humberto Barbosa, meteorologista do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), descreveu ao jornal O Globo as condições meteorológicas como “caóticas”.
A água, embora permanecesse líquida, estava extremamente fria, aumentando sua aderência à estrutura da aeronave e formando gelo, o que afetou negativamente a aerodinâmica do avião.
A presença de aerossóis na atmosfera também contribuiu para uma maior formação de gelo, aumentando o peso da aeronave.
Este fator crítico ocorreu momentos antes do avião iniciar sua trajetória de queda, que culminou no acidente às 13h25, resultando na trágica perda de todos os 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo.
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