A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta sexta-feira, 9, que a recompra da Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Refinaria Landulpho Alves, não está entre as prioridades da empresa.
Segundo Chambriard, a possibilidade de adquirir o ativo ainda não recebeu o aval da diretoria como uma operação que traria benefícios claros para a estatal.
“A gente tem aqui centenas de propostas submetidas que estão sendo analisadas. Temos a obrigação de avaliar e, em caso de se julgar um negócio minimamente interessante, fazemos due diligence, avaliamos o negócio e reforçamos a nossa visão para saber se é vantajoso ou não para a empresa. Nesse momento, não tenho sequer isso. A Rlam não é minha prioridade, é um negócio proposto à Petrobras como outro qualquer. E assim que tivermos uma avaliação melhor vamos informar. Por enquanto, eu brinco com o grupo [Acelen] que estamos aceitando doação”, declarou Chambriard.
Embora a presidente da Petrobras tenha classificado a operação como uma proposta entre muitas, a recompra da refinaria é uma das principais pautas da Frente Única dos Petroleiros (FUP), o sindicato mais influente dentro da estatal. Em uma nota publicada no final de julho, a FUP afirmou que a recompra da refinaria “está próxima”.
O interesse na refinaria também foi manifestado pelo governo federal. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já declarou que a Petrobras deveria adquirir a refinaria, uma ideia que também é apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou diversas vezes as vendas de ativos da União durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Refinaria de Mataripe foi vendida em 2021 por US$ 1,65 bilhão para a multinacional Acelen, controlada pelo fundo de investimentos Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos. Desde a gestão do ex-CEO Jean Paul Prates, a Petrobras tem considerado a possibilidade de recomprar o ativo.