Um ataque israelense à escola al-Tabin, localizada na área de Daraj, na cidade de Gaza, resultou na morte de mais de 100 pessoas na madrugada deste sábado (10), segundo informações fornecidas pela rede Al Jazeera.
O crime de guerra ocorre em meio à intensificação dos confrontos na região, gerando uma nova onda de tensões e violência.
A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou que as forças militares israelenses ordenaram a evacuação de entre 60.000 e 70.000 pessoas da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, forçando-as a se deslocarem para a já densamente povoada área de al-Mawasi. Essa movimentação em massa agrava ainda mais a situação humanitária na região, que já enfrenta superlotação e escassez de recursos.
Nas últimas ofensivas israelenses na Faixa de Gaza, pelo menos 35 pessoas perderam a vida, incluindo 19 em Khan Younis, conforme relataram fontes médicas ao correspondente da Al Jazeera Arabic. Os ataques contínuos têm resultado em um número crescente de vítimas, aprofundando a crise na região.
Em um movimento que pode agravar ainda mais o conflito, o governo dos Estados Unidos anunciou a destinação de US$ 3,5 bilhões a Israel para a compra de armas e equipamentos militares de fabricação americana. Essa ajuda militar é concedida em um momento em que a região está à beira de um novo confronto, especialmente após os assassinatos de um líder do Hamas em Teerã e de um comandante do Hezbollah em Beirute por forças israelenses.
Apesar da escalada da violência, há esperanças de uma retomada das negociações de paz. Líderes do Qatar, Egito e Estados Unidos estão exercendo pressão sobre Israel e o Hamas para que voltem à mesa de negociações em 15 de agosto, na tentativa de alcançar um cessar-fogo duradouro e pôr fim ao conflito em Gaza.
Até o momento, a guerra entre Israel e Gaza já resultou na morte de pelo menos 39.699 pessoas e deixou 91.722 feridos. Em Israel, estima-se que 1.139 pessoas foram mortas durante os ataques coordenados pelo Hamas em 7 de outubro, com mais de 200 indivíduos capturados e mantidos em cativeiro. A situação continua crítica, com o futuro da região pendente das negociações internacionais.
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