Pagamentos de impostos, dividendos e alta do dólar geram prejuízo bilionário na Petrobras no 1º tri

DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 8, um prejuízo de R$ 2,605 bilhões no segundo trimestre de 2024, marcando o primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2020, quando a empresa reportou um prejuízo de R$ 1,5 bilhão.

Este é o primeiro balanço financeiro sob a liderança de Magda Chambriard, que assumiu a presidência em junho, substituindo Jean Paul Prates.

Os resultados contrastam com os lucros anteriores da companhia, que no mesmo período do ano passado havia registrado lucro de R$ 28,782 bilhões e R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

A empresa também anunciou a aprovação do pagamento de R$ 13,57 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.

A queda nos lucros foi principalmente atribuída a variações cambiais e à transação tributária — um acordo bilionário de quitação de dívidas com o governo federal.

A companhia aderiu em junho a um processo para resolver pendências fiscais e tributárias, envolvendo aproximadamente R$ 45 bilhões com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Receita Federal.

O Ebitda ajustado da Petrobras foi de R$ 49,7 bilhões entre abril e junho, uma redução de 12,3% em relação ao mesmo período de 2023, e uma queda de 17% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

As receitas foram impactadas por menores margens de diesel e gasolina, além de um aumento nas importações e despesas não recorrentes, como o acordo de trabalho de 2023 e a adesão à transação tributária.

Apesar desses desafios, a receita de vendas da Petrobras totalizou R$ 122,3 bilhões no trimestre, representando um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior.

A empresa também relatou um crescimento de 2,6% na produção de petróleo no Brasil entre abril e junho, comparado ao mesmo período de 2023, graças ao avanço operacional das plataformas que entraram em operação no último ano.

Os dividendos a serem pagos incluirão duas parcelas, com a primeira distribuição programada para 21 de novembro de 2024 e a segunda em 20 de dezembro de 2024. A data de corte para os acionistas da B3 é 21 de agosto de 2024, e para detentores de ADRs, 23 de agosto.

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