Lula entrega a maior obra rodoviária do Brasil aguardada há 10 anos

Com investimento de R$ 3,9 bilhões, a nova rodovia promete reduzir o trânsito na BR-101 e melhorar a vida de mais de 1 milhão de pessoas na Grande Florianópolis / Foto: Divulgação / Arteris Litoral Sul

Após mais de uma década de espera, o Contorno Viário da Grande Florianópolis, a maior obra rodoviária recente do Brasil, foi finalmente entregue. Com um investimento de R$ 3,9 bilhões, a rodovia promete transformar a mobilidade e o cotidiano da região, beneficiando mais de 1,1 milhão de pessoas.

A grandiosa rodovia, que se estende por 50 km de pistas duplas, foi projetada para desviar o intenso tráfego de longa distância da BR-101, oferecendo uma alternativa mais rápida e segura para quem precisa atravessar a região metropolitana da capital catarinense. Com seis acessos por trevos, sete pontes e quatro túneis duplos, o Contorno Viário permitirá uma velocidade operacional de 100 km/h, sem aclives ou declives acentuados, garantindo um fluxo contínuo e eficiente.

Cerca de 18 mil caminhoneiros por dia serão beneficiados pela nova via, reduzindo o tempo de viagem em até 50% nos horários de pico. “Isso aqui é um sonho realizado. Foram anos de espera, e muitos de nós achávamos que nunca sairia do papel”, relata Everson Serafim, caminhoneiro de 46 anos, destacando o impacto positivo da obra em sua rotina.

Túneis do Contorno Viário têm modernos equipamentos de tecnologia e segurança – Foto: Divulgação / Artemis

Os túneis do Contorno Viário são equipados com as mais modernas tecnologias de segurança, incluindo sistemas de detecção e combate a incêndio, circuito fechado de televisão (CFTV), sinalização com painéis de mensagens variáveis, ventilação e telefonia de emergência. Todo o controle dos sistemas será feito de forma automatizada a partir de uma central de operações em São José dos Pinhais (PR).

Além de sua grandiosidade e impacto na mobilidade, a obra também incorporou um robusto plano de proteção ambiental. Foram implementados 13 programas ambientais, com destaque para o reflorestamento de 166 hectares na Baixada do Maciambu, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Mais de 14 mil mudas de espécies nativas foram plantadas, enquanto 56 mil exemplares de espécies exóticas, como o pinus, foram removidos para regenerar a restinga.

O projeto também considerou o impacto nas comunidades indígenas Guarani próximas à obra, com medidas participativas para minimizar os efeitos sobre essas populações. Além disso, mais de uma dezena de sítios arqueológicos foram identificados, e 7.990 artefatos foram resgatados e preservados sob a supervisão do IPHAN.

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