Com a escalada das manobras militares entre Rússia e EUA no Oriente Médio e o aumento das tensões entre Irã e Israel após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, o secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, visitou o Irã enquanto os EUA reforçam sua presença militar na região.
Analistas destacam a gravidade da situação, com Irã e Israel ameaçando ataques mútuos. No entanto, nem Washington nem Moscou desejam uma escalada, focando na crise na Ucrânia e em questões domésticas.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que a cooperação Rússia-Irã em um mundo multipolar promoverá a estabilidade global, declarando o fim da hegemonia dos EUA e seus aliados, segundo a TASS. A visita de Shoigu visa fortalecer as interações e abordar questões regionais e internacionais de segurança, de acordo com a ISNA.
Wang Jin, professor da Universidade Northwest, explicou que a Rússia e o Irã têm uma cooperação militar profunda e uma presença significativa na região. Com a possibilidade de retaliação iraniana contra Israel, a coordenação entre os dois países é crucial.
O porta-aviões americano USS Abraham Lincoln está a caminho do Oriente Médio para substituir o USS Theodore Roosevelt, com a Marinha dos EUA enviando reforços após “ameaças do Irã”, conforme anunciado pelo Pentágono.
Embora os EUA estejam aumentando sua presença militar, um conflito aberto entre Israel e Irã não é do interesse de Washington. Liu Zhongmin, professor da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, afirmou que tanto EUA quanto Rússia evitam outro conflito regional, buscando impedir a escalada e minimizar os danos.
Com informações de Agências de notícias