Opositora de Maduro teve casa arrombada e foi presa pelas forças do regime

AFP

Uma colaboradora de María Corina Machado, figura destacada da oposição na Venezuela, foi detida por militares durante uma transmissão ao vivo nesta terça-feira. María Oropeza, coordenadora do comando de campanha de Machado, registrou o momento em que agentes da Direção de Contrainteligência Militar (DGCIM) forçaram entrada em sua residência.

“Estão entrando na minha casa de maneira arbitrária, não há nenhuma ordem de busca”, declarou Oropeza durante a transmissão, que foi interrompida abruptamente.

O incidente ocorreu horas após Oropeza criticar a “Operação Tun Tun”, uma iniciativa da DGCIM que solicita denúncias de “ódio” físico ou virtual em resposta aos protestos desencadeados pela controversa reeleição de Nicolás Maduro.

A campanha exige informações detalhadas dos denunciantes, incluindo evidências da alegada agressão.

O Comitê de Direitos Humanos do Partido Vente Venezuela, coordenado por Machado, denunciou a prisão e alertou a comunidade internacional sobre o risco à integridade física de Oropeza.

A própria Machado descreveu a detida como uma jovem “corajosa, inteligente e generosa”, e pediu sua liberação imediata.

Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), associou a detenção de Oropeza a outras acusações de crimes contra a humanidade atribuídos ao regime de Maduro, destacando que mais de 1.000 pessoas foram detidas em perseguições políticas desde a eleição de 28 de julho. Almagro chamou a repressão de “irracional” e urgente de ser contida.

Os protestos e detenções continuam a marcar um período de intensa instabilidade política na Venezuela, com a oposição e o regime disputando a legitimidade e a transparência do processo eleitoral.

Com informações da Folha

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