Nos primeiros sete meses deste ano, o comércio exterior de bens da China cresceu 6,2% em relação ao ano anterior, atingindo 24,83 trilhões de yuans (US$ 3,46 trilhões), segundo dados alfandegários divulgados na quarta-feira.
Esse resultado é impulsionado pela força industrial do país, forte demanda externa e diversificação comercial, segundo o Global Times.
Esses dados reforçam o impulso contínuo da segunda maior economia do mundo, mesmo diante de desafios internos e externos. A expectativa é de que o setor comercial possa acelerar no segundo semestre, contribuindo para o crescimento econômico e ajudando a China a atingir sua meta de 5% do PIB para 2024.
O crescimento robusto do comércio chinês desafia as medidas protecionistas e tarifas impostas por países ocidentais, destacando a resiliência e competitividade da maior potência industrial global. Analistas ressaltam o papel central da China como estabilizadora e impulsionadora da cadeia de suprimentos global.
Entre janeiro e julho, as exportações da China aumentaram 6,7%, enquanto as importações subiram 5,4%, superando o crescimento de 6,1% registrado no primeiro semestre.
“Desde o início do ano, a economia chinesa tem se mantido estável com progresso contínuo, e o comércio exterior continuou a melhorar”, afirmou a Administração Geral de Alfândegas (GAC).
Em julho, o comércio exterior cresceu 6,5% em termos anuais, com exportações e importações aumentando 6,5% e 6,6%, respectivamente. A taxa de crescimento das importações e exportações tem se mantido acima de 5% por quatro meses consecutivos.
“O crescimento de 6,5% em julho indica que o comércio manteve uma expansão robusta. Esses dados positivos são promissores para o desenvolvimento do comércio no segundo semestre”, disse Tian Yun, economista de Pequim.
No segundo trimestre, o PIB da China cresceu 4,7% em relação ao ano anterior. Com base nos dados comerciais de julho, economistas projetam um crescimento de cerca de 5% para o PIB do terceiro trimestre.
O impulso positivo no comércio em julho é atribuído a fatores como a crescente demanda externa e o iminente ciclo global de cortes nas taxas de juros. Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 também impulsionaram a demanda por produtos “Made in China”.
Em agosto, o Banco da Inglaterra anunciou um corte nas taxas de juros, o primeiro em quatro anos. Observadores esperam que mais economias sigam essa tendência, o que aumentará a demanda externa, beneficiando ainda mais o comércio exterior da China.
Nos primeiros sete meses, a ASEAN permaneceu como o maior parceiro comercial da China, com um comércio bilateral crescendo 10,5% e totalizando 3,92 trilhões de yuans, representando 15,8% do volume total de comércio exterior da China. A UE e os EUA foram o segundo e terceiro maiores parceiros comerciais, com crescimento de 0,4% e 4,1%, respectivamente.
As exportações de produtos eletromecânicos da China totalizaram 8,41 trilhões de yuans, um aumento de 8,3%, representando 59% das exportações totais. Especificamente, as exportações de circuitos integrados aumentaram 25,8% e as de veículos automotores 20,7%.