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‘Não tem razão Brasil ter a 2ª maior taxa de juro mundial’, diz Alckmin

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, declarou nesta segunda-feira (6) que não faz sentido o Brasil manter uma das maiores taxas de juro real do mundo, apesar dos fundamentos econômicos sólidos do país. “Não tem justificativa. Temos a segunda maior taxa de juro real do mundo […]

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Ministro aponta fundamentos sólidos da economia e ressalta importância do ajuste fiscal / Foto: Divulgação

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, declarou nesta segunda-feira (6) que não faz sentido o Brasil manter uma das maiores taxas de juro real do mundo, apesar dos fundamentos econômicos sólidos do país.

“Não tem justificativa. Temos a segunda maior taxa de juro real do mundo e só perdemos para a Rússia, que está em guerra”, afirmou Alckmin durante a abertura do Congresso Aço Brasil.

Entre os fundamentos sólidos mencionados, Alckmin destacou as reservas cambiais de US$ 370 bilhões, a segurança jurídica, um enorme mercado consumidor e o recorde de exportações.

Ele ressaltou a importância do ajuste fiscal e garantiu que o governo cumprirá o arcabouço fiscal. Alckmin expressou otimismo de que, ainda neste semestre, haverá uma redução das taxas de juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, o que beneficiará o crescimento econômico nacional.

“O mercado internacional enfrenta um grande estresse que deve ser passageiro. O Brasil tem a 6ª maior população do mundo, um mercado interno forte, amanhã sai o balanço das exportações de janeiro a julho com recorde. Temos reservas cambiais, e vejo com otimismo que a política fiscal será cumprida. Por isso, não tem razão o Brasil ter a segunda maior taxa de juro real do mundo. Isso atrapalha muito”, afirmou.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano.

Indústria do aço

Em seu discurso, Alckmin destacou que a indústria de aço é “a indústria das indústrias” e sempre esteve na vanguarda da inovação. Ele enfatizou que, com a política do governo Lula, a Nova Indústria Brasil representa um avanço para o desenvolvimento econômico e social.

“Não há desenvolvimento econômico e social sem as indústrias”, disse Alckmin, ressaltando que as Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD) estarão disponíveis em breve para baratear o custo do crédito para as indústrias. Essas letras são semelhantes às existentes nos setores imobiliário e agrícola (LCI e LCA), onde pessoas físicas estão isentas de pagar imposto de renda ao investir nesses títulos.

Alckmin também mencionou que, até 2028, o Brasil receberá investimentos de R$ 100 bilhões no âmbito do Programa Mover, de descarbonização da indústria. Ele destacou que o Brasil emite 55% menos gás carbônico do que outros países, graças ao seu potencial energético.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, a produção brasileira de aço bruto atingiu 16,4 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024, um aumento de 2,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a dezembro de 2023, a produção foi de 31,9 milhões de toneladas, uma queda de 6,5% em relação a 2022.

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