Apesar da proliferação de memes “Taxad” nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), continua liderando o ranking de popularidade entre os membros do alto escalão do governo Lula (PT). De acordo com dados do IPD (Índice de Popularidade Digital), divulgados pela Folha de S.Paulo, Haddad, que perdeu popularidade digital desde maio, ainda mantém sua posição no topo.
Paulo Pimenta (PT), que antes liderava devido à sua atuação nas chuvas no Rio Grande do Sul, caiu para o terceiro lugar, atrás do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento. A análise do IPD é feita pela empresa Quaest e considera 175 variáveis das principais plataformas de mídia social.
Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento, e Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário, completam o top cinco dos ministros mais populares nas redes. Tebet tem se destacado apesar da pressão por cortes de gastos, enquanto Teixeira tem defendido a taxação de agrotóxicos e produtos ultraprocessados.
A lista do IPD inclui 34 dos 39 ministros do governo, excluindo aqueles sem presença nas redes sociais. Haddad, que já tinha destaque desde o início do governo, continua a ser uma figura chave, especialmente após a reforma tributária e a busca por aumento da arrecadação.
A origem dos memes “Taxad” se deu com a aproximação da implementação da “taxa das blusinhas”, sobre compras internacionais de até US$ 50. Mesmo com as críticas, o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, afirmou que Haddad será conhecido por reduzir impostos.
Paulo Pimenta perdeu relevância nas redes após não conseguir manter o protagonismo nas ações federais no Rio Grande do Sul. Sua nomeação para o cargo extraordinário gerou desconforto político local, mas Pimenta defendeu sua atuação como institucional.
Geraldo Alckmin comentou sobre a situação tributária, afirmando que a “taxa das blusinhas” visa proteger empregos e que a carga tributária de 2023 caiu em relação ao ano anterior. Também criticou alterações na reforma tributária, como a exclusão de armas de fogo do IS.
O IPD avalia cinco dimensões: fama, engajamento, mobilização, valência e interesse. Esses fatores são ponderados com base em resultados de eleições passadas, monitoradas pela Quaest.
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