Militares do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) realizaram doações para o ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma campanha que arrecadou R$ 17 milhões, segundo informações do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Após terem seus nomes revelados a integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esses militares perderam seus cargos no GSI e foram devolvidos aos seus quartéis.
As transferências via Pix para Bolsonaro começaram após aliados iniciarem uma campanha de arrecadação nas redes sociais para ajudá-lo a pagar multas e despesas decorrentes de processos judiciais.
O GSI esteve no centro dos atos de 8 de janeiro, quando a Agência Brasileira de Inteligência indicou que a equipe do general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, teria facilitado o acesso dos invasores ao Palácio do Planalto. Gonçalves Dias foi exonerado e incluído nas investigações.
O GSI, um dos órgãos que integram a Presidência da República, é responsável pela assistência direta ao presidente no desempenho de suas atribuições, especialmente em assuntos militares e de segurança. Sua estrutura é composta majoritariamente por militares, mas também inclui civis.
O gabinete é responsável pela segurança do presidente e do vice-presidente, além de organizar e planejar eventos com a presença de ambos.