O Conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) não consegue ter voto suficiente para aprovar resolução contra a nação bolivariana. Por 17 votos a favor, 11 abstenções e 5 ausências. A nova tentativa de ingerência sobre países latino-americanos, que ampliava a pressão sobre a Venezuela e o Presidente Nicolás Maduro, foi rejeitada
Por Bruno Falci, de Buenos Aires, para o Portal o Cafezinho
Desde a guerra fria a OEA não é nada mais que um instrumento geopolítico de dominação política e econômica regional dos EUA. Cuba, por exemplo, foi expulsa da organização por razões ideológicas. Com sua tradição de subserviência aos grandes interesses econômicos, sempre teve atuações antidemocráticas e golpistas ao longo de sua história. Recentemente, cumpriu papeis vexatórios no golpe contra o presidente Evo Morales, na Bolívia, e na destituição e prisão ilegal do presidente legitimo, Pedro Castillo, no Peru. Com dezenas de mortos em protestos e centenas de feridos e presos em ambos países.
Por essa razão, no início do século XXI, quando muitos governos progressistas são eleitos no continente, presidentes como o Lula, no Brasil, Nestor Kirchner, na Argentina e Hugo Chávez, na Venezuela resolveram criar outros organismos internacionais como o MERCOSUL, a UNASUL e a CELAC.
Uma das razões centrais do ataque ao governo da Venezuela é exatamente por ele estar na vanguarda do continente latino-americano na construção de um mundo multipolar, não alinhado com os EUA, e as grandes corporações internacionais, que além de terem interesses no petróleo venezuelano, também estão envolvidos no genocídio perpetrado por Israel contra os palestinos, povo sofrido que a revolução bolivariana tanto defendeu.
Segue a votação por cada estado membro:
A favor
Argentina
Canadá
Chile
Costa Rica
Equador
El Salvador
EE.UU
Guatemala
Guiana
Haiti
Jamaica
Panamá
Paraguai
Peru
República Dominicana
Suriname
Uruguai
Abstenções:
Bahamas
Barbados
Belize
Bolívia
Brasil
Colômbia
Granada
Honduras
San Cristóbal y Neves
Santa Lucia
Antígua y Barbuda
Ausentes:
Dominica
México
San Vicente y Las Granadinas
Trinidad y Tobago
Venezuela