Greve dos servidores do INSS ganha força em meio a tensões com o governo

AGÊNCIA BRASIL

O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência (Sinssp-BR) anunciou que a greve no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) está se intensificando, com expectativa de crescimento contínuo até o início de agosto. A produtividade caiu drasticamente, afetando tanto os serviços presenciais quanto os remotos.

A eficiência operacional registrou uma queda significativa, com a média geral da força de trabalho, incluindo o monitoramento operacional de benefícios (MOB) e manutenção, reduzida em cerca de 80,64%.

A taxa de cumprimento das metas dos servidores despencou de 88% em junho para menos de 20% em julho.

“O INSS perdeu cerca de 60% da força de trabalho a partir da greve”, conforme nota do sindicato.

Além disso, um terço das agências de atendimento está parcialmente ou totalmente fechada, com uma adesão ao movimento grevista de cerca de 40% dos servidores em regime de teletrabalho.

Em resposta à situação, o INSS recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), solicitando que 85% das equipes retornem ao trabalho.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, do STJ, confirmou a legalidade da greve, mas enfatizou a necessidade de manter 85% das unidades operacionais. Essa decisão está sob análise do departamento jurídico do sindicato.

Enquanto isso, o INSS assegura que os serviços ao público não estão comprometidos. A autarquia destacou a disponibilidade do portal e aplicativo Meu INSS para solicitações de aposentadoria, pensão, salário-maternidade, entre outros benefícios.

Além disso, informou que os segurados podem recorrer à Central 135 para requerimentos e à ferramenta Atestmed, que permite substituir a perícia médica presencial por análise documental para afastamentos do trabalho de até 180 dias.

Dentre as reivindicações dos servidores estão a exigência de formação de nível superior para o cargo de Técnico do Seguro Social, atribuições exclusivas para a Carreira do Seguro Social, enquadramento como Carreira Típica de Estado, reestruturação salarial conforme a NT13, e a definição de novas regras para o teletrabalho e bônus de desempenho, com prazo final para negociações. Até o momento, o governo federal não atendeu as reivindicações.

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