O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidirá nesta quarta-feira, 31, o novo patamar da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.
Essa decisão ocorre em um contexto onde o gasto do setor público com juros da dívida alcançou R$ 94,9 bilhões em junho, o maior valor mensal desde 2022, e mais que o dobro do gasto no mesmo período do ano passado.
O Banco Central revelou que a alta taxa Selic impacta diretamente os custos da dívida pública, que em junho somaram um acumulado anual de R$ 835 bilhões, o maior desde 2002, ajustado pela inflação.
Este aumento de 30% em relação aos 12 meses anteriores reflete a dinâmica da dívida governamental e o efeito dos títulos com taxas fixadas em períodos de Selic mais alta.
Atualmente, a dívida bruta do governo representa 77,84% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior nível desde novembro de 2021. No contexto da pandemia em 2020, essa proporção havia atingido 87,7%.
Recentemente, governo decidiu bloquear R$ 15 bilhões em despesas para 2024, após revisar para cima a estimativa de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para R$ 111,4 bilhões neste ano.
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