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Coronel Naime: contradições e suspeitas na PMDF

Em meio às investigações sobre os ataques de 8 de janeiro, novos elementos surgem, envolvendo o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime. Relatos e documentos obtidos pelo Ministério Público Federal (MPF) indicam uma discrepância entre os depoimentos do oficial e a realidade dos eventos. Depoimentos e Tensão Pré-Ataques Na semana […]

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Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro de 2023 (CPMI - 8 de Janeiro) realiza reunião para inquirir ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que acabou preso acusado de omissão no dia dos ataques. Ouvir as testemunhas faz parte da linha investigatória estabelecida pela relatora no plano de trabalho, que começa pelos fatos anteriores aos ataques de 8 de janeiro contra os Poderes da República. À mesa, ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em meio às investigações sobre os ataques de 8 de janeiro, novos elementos surgem, envolvendo o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime. Relatos e documentos obtidos pelo Ministério Público Federal (MPF) indicam uma discrepância entre os depoimentos do oficial e a realidade dos eventos.

Depoimentos e Tensão Pré-Ataques

Na semana passa, o site ICL Notícias revelou que um ex-empregado do coronel afirmou que a atmosfera na casa de Naime era de grande tensão nos dias anteriores aos ataques do dia 8 de janeiro. Segundo ele, havia preparativos para uma fuga para a Bahia, incluindo uma festa em 7 de janeiro enquanto malas eram feitas às pressas. Este relato é contrastante com a versão apresentada por Naime em depoimento.

Contradições em Depoimentos

Ao depor no Supremo Tribunal Federal (STF), Naime alegou que no dia 7 de janeiro não estava na Esplanada, mas em uma boate em Samambaia após uma briga com sua esposa. No entanto, mensagens trocadas com o coronel Paulo José indicam que ele estava ativamente monitorando as operações e possivelmente presente na Esplanada, como afirma o ex-empregado.

Documentos do MPF

Os documentos do MPF são contundentes. Eles mostram que, apesar de formalmente afastado, Naime continuava a exercer atividades de supervisão e estava plenamente ciente das operações. Uma das mensagens de Naime diz: “Eu só fui curiar”, em resposta ao questionamento de Paulo José sobre sua presença na rua, sugerindo que ele estava presente e atuante, ao contrário do que foi dito ao STF.

Além das alegações de omissão, Naime enfrenta acusações nos corredores da corporação por suspeitas de arquitetar um golpe para remover o comandante-geral da PMDF, Fábio Augusto, o que adiciona uma camada de complexidade e intriga ao caso. As evidências sugerem uma coordenação minuciosa e conhecimento das ações, reforçando as suspeitas sobre seu papel nos eventos de janeiro.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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