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STF abre nova investigação contra Zambelli por tentativa de golpe

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a abertura de uma nova investigação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por suposta participação em uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. A decisão foi tomada após um pedido da Polícia Federal (PF), que apontou a […]

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Supremo e PF investigam suposta participação da deputada em esquema para desestabilizar a democracia e beneficiar o ex-presidente / Lula Marques / EBC

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a abertura de uma nova investigação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por suposta participação em uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

A decisão foi tomada após um pedido da Polícia Federal (PF), que apontou a participação de Zambelli na organização de uma viagem de uma influenciadora à Espanha para se encontrar com o general Hugo Carvajal. O objetivo do encontro era obter informações sobre o suposto financiamento do governo venezuelano a movimentos políticos de esquerda na Europa e América Latina, incluindo o PT e o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reunião golpista na íntegra

De acordo com a PF, após a viagem, a influenciadora entregou um dossiê ao então Ministro da Justiça, Anderson Torres, que ordenou a abertura de um inquérito sobre o assunto. A investigação começou depois que Bolsonaro mencionou a delação de Carvajal em uma reunião ministerial em 5 de julho de 2022, o que motivou operações da PF contra militares e ex-ministros suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe.

“O General Carvajal da Venezuela, que está preso na Espanha, fez uma delação premiada. Por 10 anos, ele financiou com dinheiro do narcotráfico Lula da Silva, Cristina Kirchner, Evo Morales, e outros”, declarou Bolsonaro na reunião. A investigação indica que Zambelli organizou a viagem um mês antes dessa declaração.

A PF afirma que os elementos encontrados sugerem que a investigação foi formalizada de forma apressada para dar credibilidade a narrativas falsas propagadas pela Milícia Digital contra o principal adversário político de Bolsonaro, visando obter vantagens eleitorais nas vésperas das eleições de 2022.

A PF também aponta indícios de desvio de finalidade da investigação no contexto das eleições presidenciais, de envolvimento de Zambelli nos fatos apurados, e de uso da estrutura do Estado para fins ilícitos e alheios ao interesse público em 2022.

Na decisão, Moraes destacou que os elementos apresentados pela PF mostram uma ligação entre os inquéritos das fake news, da milícia digital, da tentativa de golpe e dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, militares e aliados estão sendo investigados pelo STF. “As investigações estão diretamente relacionadas com o Inq. 4.874 [Milícia Digital], especialmente com a Pet 12100 [Golpe], tendo a Polícia Federal identificado nominalmente a deputada federal Carla Zambelli como uma das participantes nos fatos apurados”, escreveu o ministro.

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