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Garcia acusa Moro de lesa-pátria em gravações de Youssef

Tony Garcia, empresário e ex-deputado estadual, que afirma ter atuado como “agente infiltrado” durante a operação Lava Jato, declarou que as 210 horas de gravações na cela do doleiro Alberto Youssef — gravações que deram origem à força-tarefa — revelam que Sergio Moro (União-PR) cometeu um crime de lesa-pátria. Garcia acusa Moro, junto com os […]

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Ex-deputado revela gravações que comprometem Sergio Moro e outros procuradores da Lava Jato, acusando-os de corrupção de provas e obstrução da justiça / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Tony Garcia, empresário e ex-deputado estadual, que afirma ter atuado como “agente infiltrado” durante a operação Lava Jato, declarou que as 210 horas de gravações na cela do doleiro Alberto Youssef — gravações que deram origem à força-tarefa — revelam que Sergio Moro (União-PR) cometeu um crime de lesa-pátria.

Garcia acusa Moro, junto com os juízes Gabriella Hardt e Danilo Pereira, que o sucederam na 13ª Vara Federal de Curitiba, e os procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol, de estarem envolvidos em crimes.

“Perícia oficial da própria Polícia Federal mostra que áudios das gravações clandestinas foram apagados após sua descoberta. Isso é gravíssimo, corromperam provas, obstruíram a justiça da qual faziam parte durante anos. Essa turma de Curitiba destruiu a indústria da construção pesada brasileira, aniquilou 4 milhões de empregos e foi responsável pelos suicídios de pessoas inocentes, tudo para enriquecimento pessoal ilícito e alpinismo profissional. Todos cometeram crime de lesa-pátria”, escreveu Garcia.

Ele também questiona quem teria apagado os arquivos do HD com as gravações da cela de Youssef, insinuando que isso poderia ter sido usado para chantagem.

“Isso tudo é muito grave. Esses criminosos livres, leves e ‘soltos’ ameaçam a democracia, visto que usaram a justiça para perseguir e prender desafetos pessoais e políticos, como o presidente Lula”, acrescentou Garcia.

Gravações na Cela

A defesa de Alberto Youssef, cuja delação premiada embasa os principais processos da operação Lava Jato, obteve acesso a mais de 210 horas de áudios gravados ilegalmente na cela do doleiro. As gravações, feitas em 2014 durante 10 dias consecutivos na carceragem da Polícia Federal, foram concedidas pela decisão judicial do juiz Guilherme Roman Borges, que substitui na 13ª Vara Federal de Curitiba.

O processo investiga a escuta ilegal, e agora os advogados devem concluir a perícia dos áudios para prosseguir com a ação. Isso significa que a defesa pode possuir uma prova robusta que refute os investigadores da Lava Jato, que sempre negaram a existência de uma escuta na cela de Youssef. As gravações têm o potencial de anular a delação de Youssef e comprometer os principais feitos da operação, conforme afirma uma fonte com acesso aos autos da Lava Jato.

“Todas as provas derivadas da delação de Alberto Youssef, em 2014, podem ser invalidadas se o STF considerar que a própria delação é nula porque foi baseada em uma prova ilícita, ou seja, numa escuta ilegal. Isso poderia afetar cerca de 90% das delações, seguindo a ‘teoria dos frutos da árvore envenenada’. Esse era o grande temor de Deltan Dallagnol, conforme diálogos divulgados na Vaza Jato, da Operação Spoofing”, afirmou a fonte.

Entre as descobertas feitas pela defesa de Youssef, há 26 arquivos apagados antes do material ser recolhido pela Justiça.

“Boa parte dos áudios foi deletada, supostamente pelos próprios delegados da PF ligados a Sergio Moro, como Erika Marena e Marcio Anselmo, que recebiam as gravações ilegais, segundo o agente da PF Dalmey Werlang, que instalou a escuta. Alguns áudios sobreviveram e agora estão nas mãos de um técnico que tenta melhorar a qualidade dos arquivos. A operação pode desmoronar, já que muitos erros foram cometidos desde os primeiros dias da operação, tudo que Moro e os delegados faziam era ilegal”, completou a fonte.

Preliminarmente, a defesa deve pedir a anulação da delação de Youssef e também entrar na Justiça contra Sergio Moro, que negou por três vezes o acesso aos áudios enquanto juiz. O processo deve ser levado ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça.

Com informações da Revista Fórum

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