Empresas e instituições em todo o mundo foram severamente impactadas por uma queda global de TI. No Reino Unido, consultórios de médicos de clínica geral relataram dificuldades em acessar registros de pacientes e marcar consultas. A Sky News ficou fora do ar por algumas horas, mas retomou a transmissão. A maior empresa ferroviária da Grã-Bretanha alertou os passageiros sobre interrupções devido a “problemas generalizados de TI”.
Globalmente, bancos, supermercados e outras grandes instituições enfrentaram problemas de TI, interrompendo serviços. Algumas companhias aéreas relataram atrasos e cancelamentos de voos. Veja o que sabemos até agora:
1. O que a interrupção do Windows afetou?
Empresas como bancos, empresas de telecomunicações, emissoras de TV e rádio e supermercados ao redor do mundo relataram problemas de TI. Nos EUA, companhias aéreas como American Airlines, Delta e United Airlines tiveram voos aterrados. Aeroportos na Alemanha e Espanha também relataram problemas.
No aeroporto de Edimburgo, scanners de embarque automatizados ficaram offline, forçando a verificação manual dos cartões de embarque. Muitos voos em Stansted exibiam anúncios de “aguarde” nos painéis internos. O aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, confirmou uma falha global no sistema, afetando voos de e para o aeroporto. O aeroporto de Brandemburgo, em Berlim, alertou sobre atrasos no check-in devido a problemas técnicos.
Nos EUA, linhas de emergência 911 no Alasca caíram devido à interrupção tecnológica. No Reino Unido, os serviços ferroviários da Southern, Thameslink, Gatwick Express e Great Northern enfrentaram problemas generalizados de TI. A Bolsa de Valores de Londres relatou problemas técnicos, impedindo a publicação de notícias em seu site, embora outros serviços continuassem operando normalmente.
O sistema de reservas do NHS usado por médicos na Inglaterra também ficou offline. A Sky News não conseguiu transmitir TV ao vivo na manhã de sexta-feira, mas grande parte de seu noticiário ainda estava disponível online. Várias companhias aéreas europeias, incluindo Turkish Airlines, KLM, Eurowings, Swiss International Air Lines e Wizz Air, relataram desafios técnicos, resultando em tempos de check-in mais longos e voos atrasados ou cancelados.
Na Austrália, telas de voos em Sydney e outros aeroportos ficaram em branco, com a Virgin Australia alertando sobre cancelamentos e atrasos. O aeroporto de Melbourne confirmou que a Jetstar estava enfrentando uma interrupção significativa, enquanto Qantas e Virgin processavam passageiros lentamente. Jetstar e Scoot, de Cingapura, também enfrentaram problemas.
No setor bancário, o Commonwealth Bank confirmou que algumas transações PayID foram afetadas, e clientes do ANZ também relataram problemas com transferências.
2. Onde as empresas foram afetadas?
Problemas foram relatados em diversos países, incluindo Índia, EUA, Europa, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.
3. Quão disseminada está a interrupção de TI?
A causa da interrupção ainda está sendo investigada, mas parece afetar PCs com Windows globalmente. A empresa de segurança de TI CrowdStrike relatou problemas com seu sensor Falcon, utilizado para prevenir ataques cibernéticos em sistemas de computador. A empresa informou que sistemas Windows estavam “experimentando um erro de verificação de bug/tela azul relacionado ao sensor Falcon” e que suas equipes estavam trabalhando para resolver o problema.
O presidente da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que o problema foi causado por um “defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows”. Ele enfatizou que este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético e que uma correção já foi implantada.
O Ministério da Defesa do Reino Unido monitorou a situação e não foi afetado, não havendo evidências de envolvimento de atores hostis. O secretário de ciência, inovação e tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, informou que departamentos governamentais estavam colaborando para entender a natureza das interrupções e responder de forma adequada e rápida. Autoridades do governo indicaram que não estão tratando o incidente como um ataque cibernético de estados hostis ou criminosos.
Com informações do The Guardian