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Votação de PEC para autonomia orçamentária do BC é adiada no Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca conceder autonomia orçamentária e financeira ao Banco Central. O adiamento ocorre após desacordos sobre a manutenção do BC como autarquia, uma proposta que foi criticada por não atender plenamente aos requisitos de autonomia financeira […]

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As principais economias estão se tornando mais alinhadas, mas as perspectivas mundiais de médio prazo continuam fracas / © Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca conceder autonomia orçamentária e financeira ao Banco Central.

O adiamento ocorre após desacordos sobre a manutenção do BC como autarquia, uma proposta que foi criticada por não atender plenamente aos requisitos de autonomia financeira desejados.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou preocupações levantadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o modelo jurídico do projeto, que poderia ter impactos fiscais significativos se o BC registrasse prejuízos.

A proposta governamental mantém o BC como uma autarquia especial, permitindo que inclua no seu orçamento despesas como pessoal e investimentos, mas requer aprovação através de uma lei complementar.

O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), autor da PEC, e o relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), não concordaram com a versão enviada pelo governo, mantendo o impasse. Com o Senado prestes a entrar em recesso, a votação foi postergada para agosto.

A PEC propõe que o Banco Central passe a ser uma empresa pública, alterando o regime de seus servidores para o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e garantindo estabilidade no emprego.

Essa mudança busca proporcionar maior independência orçamentária e financeira ao BC, em linha com práticas internacionais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enfatizou a necessidade de um debate cuidadoso dada a complexidade das relações entre o governo e a autoridade monetária.

A proposta ainda precisa de 69 votos no plenário do Senado para ser aprovada e subsequente aprovação pela Câmara dos Deputados.

Com informações do Globo

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